A Fiocruz (Fundação Oswaldo Cruz) voltou a pedir lockdown em Mato Grosso do Sul por pelo menos 14 dias para frear o avanço da covid-19. O boletim extraordinário emitido na noite desta terça-feira (23), aponta o estado com a maior taxa de ocupação do país.

Na visão dos especialistas, a recomendação é fechar as atividades consideradas não essenciais para tentar reduzir em 40% a transmissão do vírus.

Cabe ressaltar que Campo Grande adotou medidas mais restritivas, deixando apenas as atividades consideradas essenciais em funcionamento do dia 22 a 26 de março.

Conforme o boletim, a Fiocruz identificou que Mato Grosso do Sul lidera com sobras a taxa de ocupação dos leitos de UTI (Unidade de Terapia Intensiva) no país. Segundo a fundação, o estado tem atualmente 106%, sendo o único acima dos 100% - Roraima cravou a marca centenária.

Pesquisadores alertam que não apenas o estado sul-mato-grossense, mas o país enfrenta um colapso no sistema de saúde e requer maior atenção para os cuidados considerados mais complexos dos casos da covid-19. Para isso, recomenda o lockdown.

"Para que essas medidas de bloqueio possam ser bem-sucedidas, elas devem ser adotadas conjuntamente, demandando cerca de 14 dias para que produzam resultados na redução das taxas de transmissão em aproximadamente de 40%, exigindo o monitoramento diário para acompanhar seus impactos na redução de casos, taxas de ocupação de leitos hospitalares e óbitos", destaca os pesquisadores.