Dois episódios recentes mostram atos de vandalismo contra aparelhos públicos em Mato Grosso do Sul. Em Campo Grande, a fachada do Museu de Arte Contemporânea foi pichada durante esta semana. Em Ponta Porã, uma viatura do corpo bombeiros foi riscada com marcas de identificação por vândalos.
No início da semana passada, a parede lateral do Marco amanheceu pichada com riscas de tinta spray, cobrindo quase toda extensão da fachada, inclusive em cima da placa de identificação do Museu. Não é possível identificar nenhuma palavra ou dizer nos “rabiscos” feitos no Marco.
O secretário estadual de Cultura e Cidadania, Athayde Nery, informou que os autores ainda não foram identificados, mas que vai realizar um trabalho de educação para evitar futuras pichações. Também será solicitado que a limpeza da fachada seja realizada para apagar a pichação. “Em reunião com os setores da Cultura foi cobrado que precisamos levar arte para as áreas mais distantes da periferia. Essa pichação é um sinal que retomemos isso”, disse.
Artistas que fazem parte dos movimentos de rua e do grafite em Campo Grande repudiaram a ação, afirmando que o episódio não se trata de arte, mas sim de vandalismo, contribuindo para a má fama que o grafite tem entre as pessoas. “O museu sempre deu abertura para o picho. Uma ação dessa não representa o movimento. Foi obra de alguém querendo aparecer e não está por dentro do grafite”, afirmou um artista, que pediu para não ser identificado.
Uma das ambulâncias utilizadas pelo corpo de bombeiros para realizar primeiros socorros e atender emergências na região de Ponta Porã também não escapou das ações dos vândalos. Os riscos feitos por objetos pontiagudos aparecem em meio ao vermelho da viatura, formando uma espécie de pichação. As palavras são assinaturas de identificação.