O banco de dados que conta com todas as informações dos pedófilos de Mato Grosso do Sul permanece desatualizado. A ferramenta não é preenchida com os novos autores dos crimes de exploração sexual e estupro há um bom tempo e poderia funcionar para evitar que criminosos escapem das autoridades.

Nesta semana, a Operação “Araceli”, deflagrada para cumprir 27 mandados de prisão nesta terça-feira (18), culminou com a prisão de 30 pessoas por praticarem crimes contra crianças e adolescentes em Campo Grande.

A ação foi realizada no bairro Santa Emília, Tarumã, Moreninhas, Jardim Noroeste, Jardim Inápolis, Zé Pereira, Aero Rancho, Parque do Sol, Jardim Centenário e Jardim Canguru. Dos 27 procurados, 20 foram localizados. Outras dez pessoas foram presas antes da operação.

Tal ação foi lembrada pelo deputado estadual Coronel David (sem partido), nesta quarta-feira (19) em sessão na Assembleia Legislativa no qual parabenizou as ações impostas pelas polícias Militar e Civil, além do Ministério Público de Mato Grosso do Sul, mas criticou a falta de atualização do sistema.

“É bom que se diga: a alimentação desse banco de dados, gerido pela Secretaria de Justiça e Segurança Pública, é feita pelo Tribunal de Justiça de acordo com as sentenças transitadas em julgado. A equipe especializada do Tribunal tem que fazer isso”.

David, inclusive, é o autor da Lei que institui o Cadastro de Pedófilos no Mato Grosso do Sul. O deputado cobrou respostas e espera o preenchimento dos dados para acabar com a criminalidade e que a população tenha o reconhecimento de quem são as pessoas que cometem os atos.

“Este cadastro foi feito justamente para ser um instrumento de defesa dos pais e da sociedade em geral. Para que todos tenham ciência de quem são os pedófilos e saibam qual o nome e a cara desses sujeitos que levam tanta desesperança e agressão, terminando com sonhos de crianças e adolescentes em Mato Grosso do Sul”, declarou.