Após a morte do idoso, Agripino Idelfonso da Silva, de 68 anos, o filho da vítima, locutor da Rádio Cidade FM em Corumbá, José Carlos, publicou um desabafo nas redes sociais sobre o homem que tirou a vida de seu pai. Em um vídeo divulgado na noite do crime, o homem chama o suspeito de covarde.

"Infelizmente hoje eu perdi meu pai, perdi não, tiraram ele de mim, um vagabundo covarde, ladrão de madeira que estava desmatando a reserva para vender e estava se sentindo o dono da reserva", disse ele no início da gravação.

Ressaltando as qualidades do pai, o radialista destacou o amor que o pai tinha pelas pessoas. "Não tinha tempo ruim com ele. Meu pai que era o veterinário da região, fazia parto difícil quando as pessoas procuravam ele, não tinha hora, domingo, feriado... Mas a verdade é essa, meu pai foi assassinado por um covarde chamado Oliveira, pelo simples fato de estar cortando palha de acuri para dar para as criações dele", conta.

José Carlos afirmou que muitas pessoas cortam a palha de acuri que nasce na reserva e, quanto mais se corta, mais se nasce. "Todo mundo corta acuri para fazer varanda, cobertura de horta, é tradicional nosso e esse vagabunda estava se sentindo dono da reserva e deu três tiros no meu pai porque eles estava colhendo palha de acuri", disse.

Sentindo a dor da perda, ele fala que o suspeito não matou só um ser humano, mas tirou a vida de um pai de família, um avô, um chefe de família, covardemente. "Hoje estou sofrendo a perda do meu pai, mas um dia vou encontrar com ele", finaliza a gravação. 

Crime

Uma discussão entre Agripino Idelfonso da Silva, de 68 anos, e Oliveira Barbosa dos Santos, de 72 anos, que está foragido teria sido o motivo da desavença que terminou com Agripino executado a tiros, nessa sexta-feira (16), em Corumbá.

Segundo o boletim de ocorrência, era por volta das 15h30 quando o suspeito de ter efetuado os disparos, avisou ao filho que alguém estava em seu terreno, que fica ao lado de sua casa localizada no Assentamento Taquaral, em Corumbá. 

Oliveira teria ido até o terreno para mandar a vítima ir embora, quando o filho ouviu dois disparos de arma de fogo e correu para o local, que é uma reserva legal do Incra.

Os tiros atingiram a perna e o abdômen de Agripino que morreu no local. Em seguida o suspeito fugiu com medo de represálias de populares e vizinhos.