O Governo de Mato Grosso do Sul fez investimentos na estruturação do Corpo de Bombeiros e a instituição do Plano Estadual de Manejo Integrado do Fogo (PEMIF), em abril, para redução dos incêndios florestais, nos primeiros oito meses do ano, e como consequência a diminuição significativa da área destruída pelo fogo.
Conforme divulgado, de janeiro a 21 de agosto de 2020, ano de alta propagação dos focos de calor e intensa seca, a área queimada no Pantanal sul-mato-grossense somou 1.368.775 hectares.
No mesmo período deste ano, segundo a Lasa (Laboratório de Aplicações de Satélites Ambientais do Departamento de Meteorologia, da Universidade Federal do Rio de Janeiro), o total queimado foi de 166.550 hectares.
“São números que expressam a efetividade das ações de redução de incêndios florestais previstas no plano, uma medida inovadora do governo ao estabelecer estratégicas de prevenção a eventos extremos como os que tivemos ao longo de 2020, especialmente na região do Pantanal”, comentou o coronel Hugo Djan Leite, comandante do Corpo de Bombeiros.
Os comparativos entre a incidência de incêndios em 2020 e 2021, de 1º de janeiro a 21 de agosto, apontam uma redução de mais de 86% da área queimada.
Para o governador Reinaldo Azambuja, a estatística demonstra um cenário altamente positivo e a eficácia do PEMIF, onde o Corpo de Bombeiros, atuando apenas com seu efetivo, tem dado resposta imediata aos desastres.
“Temos investido muito para equipar nossos bombeiros e atuado de forma integrada, envolvendo outros órgãos, como o Ibama, Imasul e PMA, e também a sociedade organizada”, disse.
“O trabalho de treinamento e formação de brigadas e envolvimento das comunidades e propriedades rural foi extremamente importante para a prevenção, evitando que o fogo se propague”, destacou.
Além dos investimentos em aeronaves e viaturas, capacitação e equipamentos para combate direto, o Estado estabeleceu os decretos de situação de emergência ambiental por 180 dias e proibição de queima controlada. “Foram fundamentais para o trabalho preventivo e ações rápidas e intensivas dos bombeiros, antecipando-se aos desastres”, observou o coronel Hugo Djan.
Recursos federais
Com a edição dos decretos emergenciais também foi possível garantir recursos da Defesa Civil Nacional, no valor de R$ 8,6 milhões, cuja liberação imediata foi comunicada pelo ministro Rogério Marinho, do Desenvolvimento Regional, ao governador Reinaldo Azambuja.
O dinheiro vai custear e manutenção das operações de combate aos incêndios florestais por mais 90 dias.
O repasse será usado na compra de combustível para viaturas, barcos, aeronaves e equipamentos utilizados no combate aos incêndios florestais. Serão 5 mil litros de gasolina comum, 54 mil de óleo diesel, 13,6 mil de gasolina para aviação e 37,8 mil litros de querosene para uso em helicópteros. Também será destinado à compra de 900 horas de voo para os Air Tractor, aviões de combate ao fogo.