Hoje em dia, o câncer de mama, infelizmente, é uma realidade para muitas mulheres, que precisam realizar a mastectomia, cirurgia de retirada total ou parcial da mama.
O procedimento mexe com a autoestima e, além de efeitos físicos na aparência, deixa o emocional abalado.
Pensando em ajudar essas mulheres, durante uma tatuagem em um estúdio de Campo Grande, em 2018, a enfermeira Luciana Rodrigues de Oliveira, 40 anos, teve a ideia de criar o projeto "Amigos do Peito".
“Durante conversa com o tatuador surgiu a ideia, eu tinha contato com médicos oncologistas e já tinha atuado no setor de oncologia. Aí ele comentou que fazia a reconstrução de aréola mamaria, depois citei que gostava de fazer trabalho voluntário e começamos a amadurecer a ideia”.
Depois disso, segundo Luciana, era só colocar a ideia em prática. Com os colegas oncologistas no projeto, começou o encaminhamento de pacientes.
“Os médicos encaminham os pacientes que podem fazer a tatuagem de mama, faço a triagem para ver se estão aptas para o procedimento e encaminho ao estúdio”.
Luciana destaca que é importante esse processo de triagem, pois algumas ainda estão em processo de quimioterapia.
Devido à pandemia e ao aumento de trabalho, já que atua na área da saúde, o projeto ficou um parado, mas que a ideia é voltar com tudo em 2021 e achar novos parceiros.
Agora, conforme Luciana explica, o processo é de expansão para além das tatuagens. Quem tiver interesse em contribuir de alguma forma, pode entrar em contato pelo telefone (67) 9 9229-2360.
Câncer de Mama
O câncer de mama tomou o lugar do câncer de pulmão e se tornou a forma mais comum da doença, conforme a Organização Mundial da Saúde (OMS).
O diagnóstico no início facilita o tratamento. A Sociedade Brasileira de Mastologia (SBM) alerta que em 70% dos casos de câncer de mama diagnosticados no país a mulher passa por uma mastectomia (remoção total da mama), justamente pela demora.