Os profissionais da educação decidiram suspender a paralisação e retomar as aulas a partir de amanhã (20). Apesar da medida, as mobilizações da Greve Nacional contra a Reforma da Previdência continuam em todo o Estado, com seminários regionais em 12 municípios para discutir os principais impactos da proposta do presidente Michel Temer (PMDB).
A categoria definiu pelo fim da paralisação em assembleia realizada na sede da Fetems (Federação dos Trabalhadores em Educação de Mato Grosso do Sul), na tarde deste sábado (18). De acordo com o presidente da instituição, Roberto Magno Botareli Cesar, os sindicalizados são soberanos e o resultado da votação deve ser cumprido.
“Dos 79 municípios de MS, apenas 12 disseram que davam conta de permanecer paralisados e alguns parcialmente ainda, portanto nós, enquanto Federação, temos que ter a responsabilidade e o entendimento que greve não é de sindicato e sim da base, agora temos a obrigação de darmos continuidade à luta contra a Reforma da Previdência e isso nós faremos, continuaremos mobilizados, com ações no Estado todo e finalizar a conversa com os parlamentares federais sobre o assunto”, disse.
Na próxima semana começam os Seminários Regionais, com a primeira atividade em Jardim, na terça-feira (21). Segundo a vice-presidente da Fetems, Sueli Veiga Melo, a paralisação de três dias cumpriu e o seu papel em Mato Grosso do Sul.
“Foi uma agenda intensa, com união da classe trabalhadora do campo e da cidade, que conseguiu fazer com que os deputados colocassem seus posicionamentos contrários ao texto da Reforma, os diálogos se abriram e nós conseguimos mostrar para a sociedade de MS que a sua previdência corre sérios riscos”, conclui.