Depois de Beto Mariano, é a vez do empreiteiro João Amorim deixar o Centro de Triagem Anízio Lima, onde estava preso há quase um ano sob acusação de integrar um esquema de corrupção na gestão do ex-governador de Mato Grosso do Sul André Puccinelli, do MDB (2007-2014).
O habeas corpus que determinou a liberdade deles foi concedido por desembargadores em uma decisão unânime. A justificativa para autorizar a saída deles é a demora no processo que corre em primeira instância há mais de um ano.
Beto Mariano deixou a prisão ontem e João Amorim deve sair nesta terça-feira (28).
O advogado Valeriano Fontoura disse à reportagem que aguardava pelo julgamento do HC marcado ontem pelo Tribunal de Justiça. Foram dois habeas corpus, um deles colocou em liberdade João Amorim e o outro Beto Mariano.
Questionado sobre o passos que serão tomados a partir desta decisão, o advogado respondeu que deve “continuar trabalhando nos processos, apresentando as defesas e acompanhando as instruções, mas, agora com estes em liberdade”, finalizou.
ENTENDA O CASO
O grupo é investigado desde o início da Lama Asfáltica, operação da PF, em 2012, mas que foi deflagrada em julho de 2015. A operação é resultado de um trabalho em parceria do Ministério da Transparência e Controladoria-Geral da União (CGU), em conjunto com a Polícia Federal (PF) e a Receita Federal (RF).
Estimativas apontam que os prejuízos causados pelo grupo criminoso, composto por empresários e servidores públicos de Mato Grosso do Sul, chegam a meio bilhão de reais.