Prefeitos de cidades de Mato Grosso do Sul decidiram, nesta terça-feira (23), continuar com as aulas remotas por mais 30 dias. A decisão foi dada em assembleia-geral, na sede da Associação dos Municípios de Mato Grosso do Sul, em Campo Grande.
Conforme a assessoria do órgão, houve exaustiva discussão sobre os protocolos de segurança e a maioria entendeu que esse não é o momento oportuno para aulas presenciais. Além disso, os gestores preferiram aguardar a continuidade do calendário de vacinação no Estado.
Por meio de deliberação, segue a assessoria, a Assomasul entendeu necessária a prorrogação para iniciar as aulas em abril para que os municípios se adequem ao Protocolo de Retorno as Aulas. Um dos aspectos que reforçam a decisão da entidade é a dificuldade de entrega dos insumos e equipamento de proteção individual licitados para cumprir as exigências de biossegurança.
Ainda segundo a Assomasul, a ideia inicial era acompanhar o calendário de retorno às aulas em 1º de março, definido pela Secretaria Estadual de Educação.
Preocupação
O prefeito de Aquidauana, Odilon Ribeiro, falou da preocupação com o tema e lembrou que conta com seis mil alunos, quase 900 funcionários na Educação e sugeriu equilíbrio na tomada de decisões, para evitar riscos à saúde de professores e alunos.
Odilon também acha complicado o controle de crianças com uso de máscaras e distanciamento social, a exemplo de outros colegas prefeitos que se manifestaram no encontro.
"Outro problema são as aulas remotas. Aquidauana tem dificuldade até de sinal de celular, imagine sinal de internet", acrescentou.
O prefeito de Douradina, Jean Fogaça, sugeriu o retorno às aulas somente quando todos os professores forem vacinados. Ele também pontuou as dificuldades para o cumprimento do calendário escolar alegando uma série de fatores.