A Polícia Federal informou, nesta terça-feira (21), que já deu início ao cumprimento da medida judicial do Conselho Nacional de Justiça, que retira escolta do juiz aposentado e candidato ao governo de Mato Grosso do Sul, Odilon de Oliveira (PDT). A medida, conforme divulgado, será feita de forma gradual.
A determinação para retirada do esquema de segurança do pedetista ocorreu hoje. O relator do caso, conselheiro Marcio Schiefler, julgou improcedente o pedido do juiz, com base em relatório encaminhado pelo atual diretor-geral da PF, Rogério Galloro.
Conforme noticiou a Agência Brasil, o documento diz que os motivos para proteção permanente não estão mais presentes e, por isso, a escolta armada deve ser gradualmente descontinuada.
O relator argumentou ainda que, se fosse mantida sua escolta 24 horas fornecida pela União, o juiz ficaria em situação de vantagem diante dos demais candidatos ao governo de MS, o que é proibido pela legislação eleitoral.
Odilon de Oliveira também divulgou nota nesta terça-feira afirmando que vai recorrer da decisão da corte.
''O que o CNJ deve considerar, com todo respeito, não é a nova atividade do protegido, mas se permanece ou não risco de vingança em razão do trabalho realizado na atividade”, diz.
Ele ainda considera que o órgão não levou em consideração seus feitos enquanto juiz, em especial contra o crime organizado do narcotráfico. ''O sujeito trabalha a vida inteira tentando proteger a sociedade, arriscando a vida, e, quando se aposenta, é jogado na boca dos leões'', lamentou.
O juiz federal se aposentou em setembro do ano passado e este ano foi registrado como candidato do PDT ao governo de Mato Grosso do Sul. Ao deixar a magistratura, ele pediu ao CNJ que fizesse uma consulta formal ao Ministério da Justiça, órgão ao qual a PF estava subordinada à época, sobre a possibilidade de manutenção e ampliação da escolta.