O senador Pedro Chaves (PRB) repudiou a alta abusiva dos combustíveis no país e, embora lamente os transtornos, apoia a paralisação dos caminhoneiros, que segundo ele são penalizados com a política de preços da Petrobras. A fala ocorreu durante visita a municípios na região do Bolsão em Mato Grosso do Sul.
Chaves já havia criticado os sucessivos aumentos nos preços dos combustíveis, inclusive em discurso na tribuna dia antes da paralisação começar em todo o Brasil.
De julho de 2017 a maio de 2018, a alta do preço do combustível foi acima de 42%. E como se isso não bastasse, novo reajuste foi anunciado hoje (terça-feira). Não podemos aceitar isso! O Poder Público precisa tomar uma providência urgente”, exclamou Pedro Chaves.
No meio da paralisação dos grevistas, Pedro Chaves pediu providência urgente do Poder Público.
“É preciso sair em defesa do consumidor brasileiro que está convalido economicamente falando. O povo brasileiro não tem condições de arcar com mais esse prejuízo em série. Além disso, causa extrema preocupação o fato dos parâmetros da economia estarem em franca recuperação e, agora, com essa alta sucessiva de preços poderá comprometer a taxa de juros, a inflação e todos os indicadores importantes que podem melhorar a qualidade de vida da população brasileira”, ressaltou.
Mais tarde, após a realização do acordo entre o governo federal e os representantes dos caminhoneiros, Pedro Chaves manifestou contentamento com a solução encontrada.
“O aumento do combustível afetou todo o país, não só os caminhoneiros, mas as crianças que precisam ir para a escola, os trabalhadores em geral e até os animais que por falta de ração, muitos acabaram morrendo.Diante disso tudo, o governo federal fez acordo com os grevistas que irão suspender a paralisação por 15 dias, para que sejam definidas novas medidas que possam atenuar esses preços. Então, graças a Deus, fico feliz com a solução encontrada pelos caminhoneiros, ministros e presidente da República que entenderam a criteriosa necessidade de continuar os serviços de transporte a fim de não penalizar ainda mais a população”.
Oito entidades assinaram pacto com o governo que deve custar R$ 5 bilhões aos cofres públicos. No entanto, apesar do acordo, a paralisação não foi totalmente interrompida, já que alguns representantes da categoria, como a Abcam (Associação Brasileira dos Caminhoneiros), não subscreveram o documento do governo, e quem está na rua não necessariamente se sentiu representado.
Diante da continuidade da greve, o presidente Michel Temer (MDB) disse nesta sexta-feira (25) que acionou forças federais para desbloquear estradas, ocupadas por caminhoneiros em greve. Temer optou por acionar as forças federais depois de se reunir com ministros para uma "avaliação de segurança" sobre a situação no país, já que a greve dos caminhoneiros continuou, apesar do acordo firmado entre governo e representantes da categoria na noite de quinta (24).