Para os pais de alunos que estudam no colégio Adventista, onde um estudante de 9 anos entrou armado e deu um tiro no próprio tornozelo na última quarta-feira (17), a escola não teria como prevenir o acidente. Eles também descartam ocorrências de bullying no local.
Adriano Hany, jornalista, e pai de um aluno que é colega da vitima, acredita que seja um momento delicado para a família. “O menino arrumou um jeito de levar a arma sem os pais perceberem, nós não conseguimos impedir que armas entrem em presídios, imagina em escola, hospitais e órgãos públicos”, comenta.
O jornalista ressaltou que a situação foi atípica, e que o filho dele estuda ali há dois anos, e que fatores como bullying talvez não estejam entre os motivos. “Nós somos muito preocupados com isso, e meu filho nunca me relatou passar por isso, imagino que o menino também não deva ter passado”, pontua.
Outros pais, que preferiram não se identificar, não souberam dizer como a criança entrou armada na escola, mas reconheceram que cuidar a mochila de todos os alunos é algo que foge do controle da escola, considerando a quantidade de crianças no local, e que a escola é sim um lugar seguro.
A assessoria de imprensa da escola informou, em nota, que lamenta o ocorrido. Medidas necessárias para diminuir o risco de que isso aconteça no futuro já foram tomadas, e que os alunos que presenciaram o ocorrido e todos os que sentirem necessidade terão atendimento psicológico.
Caso
O menino de nove anos entrou armado na escola e teria contado aos colegas que tinha uma pistola na mochila, mas as crianças não teriam 'levado a sério'. Por volta de 16h30, durante a aula de geografia, o aluno teria disparado acidentalmente contra o tornozelo.
O pai da criança seria Agente de Segurança e, conforme a polícia, a arma seria de uso pessoal, já que ele possui o porte da mesma.