Com a esposa em trabalho de parto desde as 19h de domingo (15), o auxiliar Cleiton Melo está enfrentando uma situação complicada no Hospital Regional em Campo Grande. Grávida de nove meses, Edivânia Pereira de Melo, de 18 anos, não estaria conseguindo dilatação suficiente para um parto normal. A reclamação da família é que, mesmo com dor e sofrimento da gestante, a equipe não quer fazer uma cesariana. E diante das perguntas do pai, ele teria sido ameaçado pela equipe de atendimento, que afirmou que mandaria prendê-lo.
“Me acusaram de estar tumultuando porque eu disse que, diante do sofrimento da minha esposa, eu iria chamar a imprensa. Ela não aguenta mais de dor, está desde domingo em trabalho de parto, já perdeu líquido e temos muito medo do que pode acontecer com o bebê”, contou aos prantos durante conversa com a reportagem.
Segundo Cleiton, os médicos não querem transferir a paciente e ele tentou solicitar uma cesariana, mas não foi atendido. “Não sou médico, mas vejo o sofrimento da minha esposa. O medo de acontecer algo com nosso filho. É nosso primeiro filho e ficam forçando o parto normal, sendo que ela não aguenta mais de dor. E se ele tiver alguma complicação?”, questiona.
A reportagem entrou em contato com a assessoria de imprensa do Governo do Estado, responsável pela administração do Hospital Regional, mas não houve resposta até o fechamento da matéria.