Motoristas de aplicativos estão com medo de circular em Campo Grande devido a insegurança. Nos últimos meses, esses trabalhadores foram alvos de diversos roubos durante corridas no município.
Na primeira quinzena do mês, duas quadrilhas foram presas. A primeira no bairro Pioneiro, onde foram presos dois rapazes e um adolescente.
O segundo caso aconteceu no dia 11 de outubro, no Bairro Aero Racho, com destino às imediações do Jardim Centenário. A delegada titular da Defurv, Aline Sinnotti, informou que existe uma investigação aberta desde fevereiro, quando a primeira quadrilha relacionada a roubos a motorista de aplicativo foi presa.
Segundo a delegada, não existe ligação entre as quadrilhas e a orientação é que os motoristas de aplicativos tomem todas as precauções antes de aceitar qualquer corrida.
“A criminalidade existe, por isso é preciso evitar fatores que contribuem como pontos isolados, sem iluminação, e também a falta de informações do passageiro”, ressalta a delegada.
Paulo Pinheiro é presidente da Associação dos Parceiros em Aplicativos de Transportes de Passageiros e Motoristas Autônomos (Applic) de Mato Grosso do Sul, e acredita que a polícia precisa fazer uma maior cobertura da segurança.
“Precisamos de uma maior cobertura por parte da polícia metropolitana de Campo Grande e da polícia militar do MS. Só neste mês tivemos 14 assaltos, nos meses anteriores a média é de 4 por mês”, diz.
Isso significa que os assaltos triplicaram. Mas, enquanto isso, eles vão tentando se proteger. Os condutores fazem o uso de um aplicativo, que na visão deles é apenas 30% seguro, onde compartilham seus trajetos, iniciativa que tenta diminuir e até mesmo inibir esse tipo de crime.
“Não é um sistema que inibe os bandidos 100%, por isso exigimos esse botão de pânico conectado entre os nossos motoristas uma central de monitoramento e órgão públicos responsáveis pela segurança da nossa cidade e do nosso estado do Mato Grosso do sul”, finaliza Paulo.