Atuante na Delegacia de Atendimento à Mulher em Dourados, a policial civil Katiany Jacinto de Oliveira, de 39 anos acabou sendo surpreendida com o cancelamento da prova do concurso da Polícia Civil do Paraná. As provas aconteceriam neste domingo (21), mas a suspensão foi avisada durante a madrugada.
O concurso estava sendo destinado para cargos públicos de Delegado de Polícia, Investigador de Polícia e Papiloscopista.
A policial conta que ficou bastante triste e decepcionada, lembrando que na hora que soube do adiamento, não acreditou. Ela explicou que ficou com receio do cancelamento, mas viajou para a cidade curitibana em busca da aprovação.
"Nem acreditei. Fiquei triste, porque tive gasto. Cancelassem antes né", argumentou. "Cheguei às 4h da manhã em Curitiba, peguei um táxi e fiquei rodando a cidade atrás de um hotel, mas todos estavam lotados com concurseiros", conta.
Katiany está grávida de 12 semanas e deixou sua filha com sua mãe, justamente no dia do seu aniversário. Porém, de Curitiba até Dourados, a viagem é longa e a policial lamenta que o ônibus de volta dê início ao seu retorno apenas às 21 horas.
"O que vou ficar fazendo até lá, gestante e desconfortável? É triste. Uma desorganização. Já acordei com zunzunzum nos corredores de outros candidatos indignados", lamenta.
Cancelamento surpresa
O comunicado feito pela Universidade Federal do Paraná apontou algumas ausências de requisitos na segurança para a aplicação da prova, que seria realizada em Curitiba e em regiões metropolitanas da cidade.
"Poderia colocar em risco a integridade das avaliações e o tratamento isonômico dos candidatos, bem como a saúde e a biossegurança de todos os envolvidos na realização das provas para o provimento de cargos públicos de Delegado de Polícia, Investigador de Polícia e Papiloscopista", disse a banca da universidade.
Como complemento, a universidade explicou que buscará uma nova data para que seja realizada a prova e assim, avisará os concurseiros.
O que diz a Polícia do Paraná
Segundo a nota publicada logo nas primeiras horas da manhã deste domingo, a Polícia Civil do Paraná também se sentiu "surpreendida" com a decisão de suspender a aplicação de provas que estavam agendadas.
"A PCPR informa, ainda, que imediatamente encaminhou ofício ao NC-UFPR requisitando os motivos ensejadores da medida adotada pela Banca contratada, pois, até então, era reportado por esta sobre a plena viabilidade de aplicação dessas provas".
Ainda conforme a nota, a polícia do Paraná explica que o concurso era aguardado não só pelos profissionais, mas pela sociedade paranaense, que visava recompor o quadro deficitário de servidores da segurança pública.
Segundo nota publicada logo nas primeiras horas deste domingo, a Polícia Civil do Paraná se sentiu "surpreendida", assim como os candidatos.