A paciente Roberta Silva Albuquerque passou por uma situação constrangedora no CEM (Centro de Especialidades Médicas), instituição pública de Campo Grande. Segundo ela, a médica endocrinologista Thais Hiroshima Sobrinho teria a expulsado da sala de consulta quando ela entrou. O motivo: a médica não aceitaria pacientes de encaixe.
"Minha consulta foi de encaixe pois estou com um nódulo na tireoide e não conseguia retorno, fiquei desesperada e liguei na ouviria", conta. “Eu só precisava de um encaminhamento que só pode ser dado pelo endocrinologista. Não tinha como outro médico dar”.
Roberta diz que até foi alertada pela assistência social do Centro Médico que a médica não gostava de encaixes, mas não esperava tal reação. “Quando eu entrei, ela começou a esbravejar, ficou muito brava, que não gostava de encaixes, que não aceitava, que sabiam disso. E eu tentei explicar que não poderia esperar mais, que o nódulo estava crescendo muito, e que isso era desumano”.
De acordo com a paciente, nem mesmo isso sensibilizou a médica. “Após eu insistir muito, ela pegou meus exames, olhando por cima disse que eu não tinha nada, era frescura, mas eu só precisava do encaminhamento".
Indignada, a paciente diz que foi até a Polícia Civil, porém não conseguiu lavrar um boletim de ocorrência, mas que vai ao CRM (Conselho Regional de Medicina) e fazer uma reclamação formal da médica.
“Quero sim que ela saiba que não pode tratar os pacientes assim, não pode. Eu sou pobre, mas pago meus impostos, se eu pudesse ir no médico particular, mas só fui no encaixe porque a Assistência Social me encaminhou após eu tentar durante meses um encaminhamento”, garante.
Outro lado
Por meio de nota, a Secretaria Municipal de Saúde (Sesau) afirmou que vai apurar o ocorrido para verificar se houve ou não omissão e ou negligência. Porém, salientou que a conduta não seria condizente com o histórico da profissional.