Em todo o país, cerca de 510 mil bancários devem cruzar os braços a partir desta terça-feira (6) e a greve não tem previsão para acabar, segundo o sindicato da categoria. A paralisação só deve dar trégua quando a Fenaban (Federação Nacional dos Bancos) entrar em um acordo com a classe.
Conforme aprovado na última noite de quinta-feira (1º), a categoria rejeitou o índice de 6,5% proposto pela Fenaban. Os bancários querem um reajuste de 14,78% no salário, sendo 5% de aumento real e 9,31% de correção da inflação.
De acordo com o presidente do Sindicato dos Bancários de Campo Grande e Região, Edvaldo Barros, a categoria está indignada com a proposta, já que os bancos lucraram R$ 29,7 bilhões somente nos seis meses deste ano.
“Os bancos estão desrespeitando os seus empregados com essa proposta, que sequer repõe a inflação. Na verdade, representa perda real de 2,8% nos salários. Os banqueiros estão jogando a categoria para a greve”, critica. Edvaldo lembra ainda que 24% das categorias tiveram reajuste acima da inflação no primeiro semestre deste ano.
Além do reajuste de 14,78% no salário e benefícios, a categoria pede: combate às metas abusivas e ao assédio moral; fim das demissões, ampliação das contratações, combate às terceirizações e as precárias condições de trabalho; mais segurança nas agências bancárias e auxílio educação.