Ali, na Vila Glória, está apenas mais um buraco entre os milhares espalhados pelas ruas de Campo Grande. De proporções cada vez maiores, este fica em um trecho na Rua da Liberdade, quase esquina com a Avenida Calógeras, uma das mais movimentadas da Capital. Para evitar mais estragos em consequência do asfalto precário, a população cobre parte do que já cedeu com sacos cheios de pedregulhos, areia e pedaços de madeira.

Os veículos e pedestres, receosos, desviam do obstáculo na via que já é estreita, aumentando o risco de acontecer um acidente de trânsito. Situação esta que já foi presenciada pelos frentistas de um posto de gasolina que fica na outra esquina e uma cliente do local.

“Sempre abasteço aqui, porque é meu caminho de volta pra casa. Como tem chovido lá pelas seis horas da tarde quase todos os dias, fica mais difícil ver a profundidade do buraco e, um belo dia, eu caí nesse. Na hora, perdi o controle, achei que tinha rasgado o pneu, mas por sorte, dessa vez não foi nada”, disse a administradora Cláudia Ramires, 36 anos.

Para a operadora de caixa Jucélia da Silva Cavanha, de 34 anos, o problema é mais um reflexo do que ela vê e sente todos os dias enquanto, dentro de um ônibus circular, percorre o caminho de casa, no bairro José Pereira, até o trabalho. "Por estar grávida, fico com medo do ônibus passar por algum buraco grande e tiver um impacto forte. Conheço pessoas que já tiveram prejuízo, carros estragaram. Está por toda cidade", desabafa. 

Tapa-buraco

A reportagem tentou entrar em contato com Prefeitura Municipal para saber se há o cronograma do trabalho das equipes da Operação Tapa-buracos e por quais bairros o serviço já foi feito. Contudo, até a publicação da matéria, não houve resposta.