Estamos em 2021 e parece que muitos ainda não entenderam que o lugar de mulher é onde ela quiser, inclusive, jogando futebol.
Cada dia que passa é possível ver mais campanhas de marketing tentando acabar com preconceitos, discriminações e intolerância, contra as mulheres jogadores, entretanto, ainda existe machismo, muitas vezes velado.
Ao TopMídiaNews, a assistente social Cleonice Schmidt Gonzales, 41 anos, desabafou sobre dois episódios recentes em Campo Grande.
Ela é responsável pelo time de futebol feminino Soccer B e segunda goleira do AD Pantanal, que tem como técnica Daniela Rodrigues.
Conforme explica Cleo, no dia 25 de outubro aconteceu a primeira situação de machismo nos campos.
“Foi no campo conhecido como Arena Buracão, no Aero Rancho. Tínhamos sido convidadas para jogar um amistoso pelo AD Pantanal. Fomos tiradas de campo, foi bem triste, colocaram um cidadão qualquer pra apitar nosso jogo, estava bêbado. Falaram que a gente só poderia jogar 10 minutos, fomos tiradas de campo, houve agressão verbal por parte de alguns homens”, revela.
A segunda situação, ainda segundo Cleo, ocorreu no dia 13 de fevereiro, no Tijuca I.
“Lá era um treinamento de times, tinha times masculinos. Fizemos um acordo que seria 20x20, depois eles jogariam durante o mesmo período e, depois, nós mulheres de novo. Só que infelizmente quando terminou do masculino, nosso time ia entrar em campo, eles não deixaram. Falaram que a gente teria apenas 10 minutos”.
As jogadoras destacam que o espaço é público e que merecem respeito.