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Cidades

08/06/2023 07:00

Justiça é ignorada e pais gritam socorro para salvar bebê com órgãos expostos em Campo Grande

Menina precisa de transferência urgente para hospital especializado fora do MS; Saúde afirma que fará a medida

Grazieli Aparecida Reis, 30 anos, já não sabe mais a quem apelar, para que a bebê Alice Reis Conte, de 15 dias, consiga transferência para hospital de fora do Estado. A pequena nasceu com os órgãos expostos e a Justiça já autorizou a transferência, mas decisão não foi cumprida. 

Cada minuto que passa é de sofrimento para a bebezinha, além do risco de morte. Segundo apurado com a mãe, a doença rara já era conhecida desde a gestação. Primeiro, ela e o marido foram ao Hospital Universitário, mas o parto ocorreu na Santa Casa. 

A mãe o pai da criança, que vieram de São Gabriel do Oeste, foram informados que a filha possui uma condição extremamente rara e nenhum hospital do MS tem atendimento urológico infantil necessário para o caso. Sendo assim, só um hospital público ou particular, especializado, pode dar conta do tratamento. 

Os pais então foram à Justiça e obtiveram decisão favorável, que obrigava o Estado a promover a transferência da bebê até unidade de saúde especializada, fora do MS. No entanto, a liminar saiu no dia 3 de junho e tinha prazo de 12 horas para ser cumprida. Até agora nada. 

Neste momento, a criança está na UTI Neonatal da Santa Casa com a bexiga exposta, além de órgãos do trato urinário, intestinal e genital terem sido ''expulsos'' do corpo da criança. 

''A bexiga dela que nasceu pra fora, está cada dia mais machucada por conta dos curativos e o hospital não sabe mais como agir'', desabafou Grazieli. 

''Tá saindo pedaços de sangue do estômago dela'', lamentou novamente a mãe. 

Governo 

A mãe detalhou que o Estado acionou a Justiça, pedindo a transferência da criança, da Santa Casa para o HU, que seria a unidade referência do MS. 

''O Estado já sabe que o HU não atende o caso dela... não tem necessidade disso... ela está sofrendo e será perda de tempo'', desabafou a mãe. 

No mesmo pedido do Governo à Justiça, consta que a Secretaria Estadual de Saúde não cumpriu a ordem judicial em razão de trâmites burocráticos. 

Segundo o processo, a transferência da bebê não pode ser negociada entre hospitais e sim entre as secretarias de saúde, que no caso é a do MS e do Paraná. 

''cada segundo de vida que ela passa sem tratamento adequado ela corre risco de vida'', refletiu Grazieli. E acrescentou: 

''uma transferência dessas coloca a vida dela em risco mais ainda'', completou. 

Resposta

Procuramos a Secretaria Estadual de Saúde. O órgão respondeu que a criança será transferida para o Hospital Universitário, em Campo Grande, que seria a unidade hospitalar com equipe especializada em urologia pediátrica. 

''A paciente pode ser encaminhada ainda nesta quarta-feira (7), desde que apresente condições clínicas para a transferência'', ressaltou a nota. 
 

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