Waldesson Pereira de Jesus denuncia descaso por parte do Hospital Universitário, em Campo Grande, que não teria equipamento capaz de dizer se a filha, Emilly Vitória de Jesus, 5 anos, está viva ou não. A pequena, que tem síndrome de down, sofreu um AVC e precisa passar por um eletroencefalograma para saber se há atividade cerebral, mas segundo ele, o equipamento do hospital não serve para este caso.
Emilly levava uma vida normal até sofrer um AVC, em dezembro do ano passado. Depois disso, passou a não mais andar, entre outras sequelas. Ao tratar do problema, foi constatado que ela tinha a síndrome de Moyamoya, que é grave e muito rara.
O pai conta que, entre altas e internações, a pequena voltou ao HU no dia 29 de janeiro deste ano. No dia 31 sofreu mais um AVC e o quadro de saúde piorou. Para o hospital, a criança está com morte cerebral, mas o pai discorda.
''O exame de Doppler deu fluxo sanguíneo no cérebro dela. Eu acredito que ela esteja viva. Mas não tem eletro para confirmar'', lamentou Waldesson. Segundo ele, o hospital não deu nenhuma alternativa para o problema.
''É desumano, é traumático. A Emilly sofre e a gente também'', desabafou o pai. A família contratou um advogado para cuidar do caso.
A Santa Casa de Campo Grande informou que possui o eletroencefalograma, mas não consegue remover o equipamento do hospital, também pelo fato de ser o único.
Moyamoya
A doença acomete os vasos que levam o sangue até o cérebro, em especial as artérias carótidas, levando a uma gradual insuficiência vascular. Ou seja, com a doença, o cérebro fica sem capacidade de receber a quantidade de oxigênio e nutrientes que ele precisa pro seu desenvolvimento.
Entramos em contato com o Hospital Universitário, que disse que não vai passar nenhuma informação ao TopMídiaNews.