Entrando no segundo dia de protestos, nesta terça-feira (9), a fronteira da Bolívia com Corumbá, permanece fechada e nenhum tipo de veículo pode passar.
Segundo o Diário Corumbaense, o presidente Comité Cívico Arroyo Concepción, Antonio Chávez Mercado, disse que não houve diálogo por parte do governo.
“Aqui na nossa região, diferente de outras cidades do País, apenas a fronteira segue fechada. Comércio, serviços bancários funcionam normalmente. Aqui vamos ficar com esse ‘paro’ indefinido”, afirmou.
Os manifestantes estão concentrados logo após o Posto Fronteirizo, impedindo a passagem de veículos do lado boliviano. Também na ponte que delimita o território entre Corumbá e a Bolívia, há tambores e alguns carros que impedem a passagem de veículos.
Ainda segundo o site, somente é permitida a passagem de pessoas a pé ou em caso de saúde de urgência e emergência. Na estrada Bioceânica, que interliga as duas nações também há pontos de bloqueios em alguns municípios. “Não temos saída e nem chegada de ônibus de viagem”, completou Antonio Chávez.
Mesmo com a calmaria das manifestações na região de fronteira, o clima é um pouco mais tenso nas principais cidade da Bolívia, como em Santa Cruz de La Sierra, onde boa parte do comércio e algumas empresas estão de portas fechadas. O transporte público também parou.
Os manifestantes exigem que o governo de Luis Arce, presidente da Bolívia, revogue a Lei N° 1386, que permite ao governo investigar o patrimônio de qualquer cidadão sem ordem judicial, o que levou a comissão multissetorial a convocar a greve nacional.