A presença de um fiscal da empresa de parquímetro Flexpark com uniforme análogo ao da polícia militar acabou causando constrangimento em motoristas no Centro da Capital. Segundo a denúncia, o fiscal estaria “autuando” quem não estava com o parquímetro.
“Até aí tudo bem, é o trabalho dele, porém o uniforme induz ao erro pois está claramente parecido com de policiais militares e quando questionei sobre o motivo, ele disse que a empresa é quem mandou”, contou o motorista que pediu para não ser identificado.
Segundo ele, outros motoristas também se incomodaram com a situação. “Tem até o brasão do Estado, o nome, o tipo sanguíneo, isso induz ao erro”, reclamou.
Por meio de nota, a Prefeitura de Campo Grande, por meio da Agência Municipal de Transporte e Trânsito (Agetran), esclareceu que a empresa Flexpark, que tem concessão para operacionalização do Serviço de Estacionamento Regulamentado (SER)) de Campo Grande, não tem competência para lavrar multas de trânsito.
Segundo diretor-presidente da Agetran, Janine Bruno a empresa continua responsável pelo serviço. Porém, pode somente orientar o condutor do veículo, caso o mesmo esteja sem o registro no equipamento.
“Quanto ao modelo e cores do uniforme, por se tratar de empresa privada, tem liberdade de escolha. Ademais, no uniforme há identificação clara de que o funcionário trabalha para Flexpark”.
Essa não foi a primeira vez que a empresa causou problemas por “ostentar status de autoridade”. Anteriormente a empresa usava talonário de notificação com o brasão da Agetran, o que não é permitido.