Federação das Câmaras de Dirigentes Lojistas de MS prometeu, nesta sexta-feira (11), ir à Justiça contra o lockdown de 15 dias, decretado pelo Governo do Estado. Para a entidade, sem trabalhar, a população não vai ter dinheiro nem para comer.
A manifestação foi feita em entrevista coletiva, com membros da federação e da Câmara de Dirigentes Lojistas de Campo Grande. O presidente da CDL, Adelaido Vila, demonstrou preocupação porque a restrição severa pode durar até 30 dias.
“Da forma em que está colocada a Deliberação [decreto], mesmo que o município saia da bandeia cinza e chegue à bandeira vermelha, o comércio seguirá fechado e só poderá voltar a funcionar se chegar na bandeira laranja”, refletiu o dirigente.
Para Vila, a permissão para atendimento via delivery não resolve a situação crítica dos comerciantes.
‘’... não vai resolver, uma vez que sem trabalhar, a população não terá dinheiro nem para se alimentar”, acrescentou Adelaido.
O comandante da CDL de Campo Grande ponderou, no entanto, que as entidades que representam o varejo na Capital e no Estado não negam a pandemia e a gravidade da situação.
‘’O que queremos é respeito pelo setor, que gera 65% dos empregos e ações transparentes que tragam soluções”, refletiu novamente.
Federação
A presidente da FCDL-MS, Inês Santiago, disse que o decreto estadual que implementa o lockdown de 15 dias tem nulidades e prejudicam diretamente os bares, restaurantes e outros setores que são classificados como ‘’não essenciais’’.
“Mais uma vez o governo surpreende todo o varejo de Mato Grosso do Sul. Nossa tese é que este decreto possui vícios que fazem com que esse ele não possa perdurar”, desabafou Santiago.
Ainda segundo Inês, a competência para definir as regras sobre o comércio, como abertura e fechamento dos estabelecimentos, seria dos municípios e não do Estado.