Levantamento feito pela OMS (Organização Mundial da Saúde) relatou que faltam 7,2 milhões de profissionais de saúde no mundo e que o déficit subirá para 12,9 milhões até 2035. As conclusões constam do estudo "Uma Verdade Universal: Não Há Saúde sem Profissionais", divulgado pela Organização Mundial da Saúde (OMS), durante o terceiro Fórum Global sobre os Recursos Humanos da Saúde, que reúne mais de 1.300 participantes de 85 países.
O documento indica que 83 dos 186 países com informação disponível, ou seja 44,6%, ainda não atingiram sequer o patamar mínimo definido pelo Relatório Mundial de Saúde de 2006, que prevê 22,8 profissionais de saúde qualificados por cada 10.000 habitantes.
Falta de profissionais - Em Campo Grande, a falta de pediatras, na maioria dos postos de saúde, há mais de dois anos tem dificultado a vida de pais que passam sufoco para socorrer os filhos. A diarista Joelma Esperança Marte, teve de fazer uma romaria para conseguir atendimento para o pequeno Geovane Marte Pereira, de 8 anos.
Segundo ela, durante cinco dias o menino apresentou vômitos e dor estomacal sem ter nenhum diagnóstico. “Fui até o Posto Guanandi, lá me disseram que não tinha pediatra. Depois foi até o do Bairro Buriti também não encontrei e quando cheguei na UPA da Vila Almeida me disseram que não poderiam atender porque também não tinha médico.
Joelma contou que ao levar o filho para o posto do Bairro Coronel Antonio, a criança foi encaminhada para a Santa Casa, onde recebeu atendimento. “Na Santa Casa consegui marcar a ultrassonografia que mostrou o resultado. Ainda bem que não era grave porque se fosse depender dos postos meu filho teria morrido por falta de atendimento”,desabafa.
Quem passou pela mesma situação, lamenta a deficiência nos atendimento. “Há pelo menos dois anos a gente não tem médico pediatra no posto de saúde do Buriti e no Bonança é complicado. Quando a gente precisa de medicamento também não acha no posto e tem de comprar. É uma lastima” diz a cuidadora de Lindaura que tem um filho de seis anos.
A assessoria da prefeitura informou que o problema perdura desde a administração do então prefeito Nelson Trad Filho (PMDB) e que não há previsão para fazer a contratação de um número maior de profissionais, na Capital .