A pequena Emilly Vitória de Jesus, de 5 anos, não resistiu e morreu na madrugada desta terça-feira (18), no Hospital Universitário, em Campo Grande. A morte foi declarada em decorrência de uma parada cardíaca, segundo informações da família.
Conforme o advogado Carlos de Arnaldo Silva Neto, 28 anos, a família aguarda a realização de necropsia. “Fizemos a solicitação de necropsia da Emilly para entender mais a causa da morte dela, só que estamos tendo problemas com o hospital, que está sem profissional para fazer esse procedimento”.
Ele explica que a unidade pediu dois profissionais para a realização do procedimento, sendo um patologista e um técnico em necropsia. “Só que um trabalha em um horário e outro em outro período, então, assim, o horário só bate duas horas por dia, estão com problema de pessoal”.
“A família está devastada. Conseguimos decisão judicial que, se o Estado e o Município tivessem cumprido com a parte deles, nada disso teria acontecido. A causa dela ter ido parar no hospital foi justamente um AVC e isso foi desenvolvendo, o maior problema foi que Estado e o Município fecharam os olhos”.
Carlos cita suposto descaso do hospital, que chegou a atestar a morte da menina, por, pelo menos, três vezes.
“A Emilly descansou, estava sofrendo muito. A situação é complicada, vamos aguardar o procedimento. Atestaram a morte dela três vezes, fazia o protocolo médico e voltava atrás, a termos leigos, o hospital deixou ela morrer, não tomou providência, não fez exames necessário, do Doppler”.
“Agora não é o momento de pensar em justiça e ações judiciais, respeitar o momento, a dor da família, ai depois vamos aos procedimentos e documentos necessários para preservar a memória dela”, finaliza.
No dia 15 de fevereiro, Waldesson Pereira de Jesus denunciou o descaso por parte do Hospital Universitário, em Campo Grande, que não teria equipamento capaz de dizer se a filha, Emilly Vitória de Jesus, 5 anos, estava viva ou não.
Hospital Universitário
Como citado em outras matérias, o Hospital Universitário de Campo Grande, foi acionado e se recusou a passar informações para o TopMídiaNews. No entanto, é reforçado que o espaço está aberto, caso haja o interesse em se posicionar.
Entenda
A pequena, que tem síndrome de down, sofreu um AVC e precisava passar por um eletroencefalograma para saber se havia atividade cerebral, mas, segundo ele, o equipamento do hospital não serve para este caso.
Emilly levava uma vida normal até sofrer um AVC, em dezembro do ano passado. Depois disso, passou a não mais andar, entre outras sequelas. Ao tratar do problema, foi constatado que ela tinha a síndrome de Moyamoya, que é grave e muito rara.
O pai conta que, entre altas e internações, a pequena voltou ao HU no dia 29 de janeiro deste ano. No dia 31 sofreu mais um AVC e o quadro de saúde piorou. Entre a dúvida sobre o estado da filha, a menina faleceu oficialmente nesta madrugada.