Manifestantes e representantes de movimentos contra o racismo se reuniram, na manhã de hoje (19), em frente à loja onde, no último dia 15, a proprietária Marisa Pereira de Oliveira, 50 anos, foi acusada de promover atos de injúria racial contra o entregador Joaquim Azevedo Dagnone, 42 anos.
O manisfesto contou com a presença de representantes do Grupo TEZ (Trabalho Estudos Zumbi). O objetivo foi chamar a atenção de quem passava pelo local e também de conscientizar as pessoas que sofrem ou sofreram racismo para não se calarem.
A professora e representante do TEZ, Batolina Ramalho, diz que o sentimento ´w de revolta e ao mesmo tempo de força para lutar contra o preconceito. “Nós não aceitamos e repudiamos esse tipo de comportamento. Somos seres humanos e, pela nossa Constituição, somos todos iguais. Direito esse que não foi respeitado”.
Para Bartoliona, o aumento nos casos de ódio contra negros é resultado de uma realidade de pessoas que antes não tinham coragem de se expor.
“Agora com esse governo que incita o ódio e separa a nação brasileira e estamos vendo e vivendo a cada dia que passa o desrespeito com quem é de cor. Somos professores, mães, pais negros que merecemos e temos direito de sermos respeitados. Este manifesto pacífico é para registrar que racismo é crime e quem agir assim deve ser punido”, ressaltou.
Negro e ativista, Richmond Mesidor diz que nunca sofreu racismo, mas diz todos estão sujeitos. “Há pessoas boas e ruins, mas mesmo assim, estamos juntos no movimento que representa nossos irmãos”, afirmou.
Durante a manifestação uma guarnição da Polícia Militar esteve no local e pediu documento de alguns dos representantes.
ENTENDA
Marisa Pereira de Oliveira, 50 anos, foi acusada de promover atos de injúria racial contra Joaquim Azevedo Dagnone, 42 anos, no dia 15 de dezembro, em frente ao comércio dela, na Coronel Antonino.
Ele contou que descarregou algumas caixas na calçada para separar a mercadoria do local quando a mulher chegou chutando os objetos e mandando Joaquim guardar tudo. Segundo ele, Marisa teria afirmado: “quem manda aqui sou eu, você vai fazer o serviço do jeito que eu quiser e na minha loja você não entra, seu preto”.
Policiais que faziam rondas na região foram acionados e os dois levados para a delegacia, juntamente com uma testemunha que corroborou com o relato de Joaquim