Cansados, agentes penitenciários realizaram protesto em frente ao Presídio de Segurança Máxima na manhã desta terça-feira (11), em Campo Grande. A classe pede que o Governo do Estado reveja os parâmetros e protocolos e forneça novos materiais de segurança. Além disso, o grupo ainda pede que seja revista a lei que proíbe agentes a ficarem armados dentro dos presídios.
Segundo o presidente do Sindicato dos Servidores da Administração Penitenciária do Estado (Sinsap) André Santiago, já passou da hora dos agentes portarem armas dentro das unidades penais. "Hoje nós trabalhamos apenas com apito. Na semana passada um detento conseguiu confeccionar uma chave com a lâmina de marmitex e conseguiu machucar dois agentes".
Santiago ainda pede que o Governo do Estado faça investimentos em equipamentos de proteção individual. "Precisamos de colete, escudo, caneleiras, capacetes, tonfas, spray de pimenta, bombas de efeito moral, taser, armas letais e não letais, munições e todos os meios para garantir a segurança efetiva dos agentes".
O presidente afirma que, somente em 2018, sete agentes foram agredidos por presos por falta de segurança. "A lei diz que é preciso um agente para cada cinco detentos. Aqui em Mato Grosso do Sul, são cinco agentes para cada 66 detentos. Na Máxima, há um para cada 900 presos".
Santiago ainda afirma que, nos presídios, principalmente o de Segurança Máxima, são realizadas chuvas de drogas. "Eles jogam pelo muro, até armamento, por isso, a gente precisa de mais segurança. É preciso ainda bloqueadores de celulares e aparelhos de raio-x".
Veja o vídeo: