Após o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) anunciar a MP (Medida Provisória) que extingue o seguro Dpvat, a partir do ano que vem, muitas pessoas ficaram de cabelo em pé. Não é por menos, em Mato Grosso do Sul, 7.092 pessoas tiveram o reembolso por despesas médicas de janeiro a outubro de 2019.
Segundo informações da Seguradora Líder, responsável pelo deferimento dos valores, 568 pessoas morreram no Estado, 5.300 tiveram com invalidez permanente e 1.224 solicitaram reembolso por despesas médicas.
O seguro previa a destinação de valores a coberturas por: morte (valor de R$ 13.500), invalidez permanente (de R$ 135 a R$ 13.500) e reembolso de despesas médicas e suplementares (até R$ 2.700). A proteção era assegurada por um período de até 3 anos.
A assessoria da Líder disse que não era possível especificar a quantia em dinheiro enviado ao SUS (Sistema Único de Saúde) do Estado. No entanto, de uma forma geral, dos recursos arrecadados pelo Seguro DPVAT, 50% vão para a União, sendo 45% para o SUS para custeio da assistência médico-hospitalar.
Outros 5% são para o Denatran (Departamento Nacional de Trânsito), e 50% são direcionados para despesas, reservas e pagamento de indenizações às vítimas.
Em 2018, a parcela destinada ao SUS totalizou R$ 2,1 bilhões; e, para o Denatran, R$ 233,5 milhões. Nos últimos 11 anos, essa contribuição soma mais de R$ 37,1 bilhões.