O Dia das Mães é uma data especial, além de estar perto daquela que nos deu a vida, também é o momento de dar aquele presente especial.
Diferente de 2020, o Dia das Mães deste ano deve movimentar R$191,93 milhões no comércio de Mato Grosso do Sul.
No ano passado, a data movimentou R$93,41 milhões. A expectativa é de um crescimento de 105%. Os dados são da pesquisa sazonal de intenção de consumo e comemorações, realizada pelo Instituto de Pesquisa e Desenvolvimento da Fecomércio-MS (IPF-MS), em parceria com o Sebrae-MS.
Do total dos gastos para 2021, 55% serão destinados à compra de presentes (R$101,07 milhões) e 47% às comemorações (R$90,86 milhões). O gasto médio com presentes será de R$148,55 e para as comemorações de R$145,16, ambos maiores que em 2020.
"Os números são animadores e mostram um crescimento mesmo em comparação com o ano de 2019, antes da chegada da Covid-19, registrando com isso um crescimento de 16% em relação àquele ano. Mesmo atravessando ainda o período de pandemia, com recessão econômica, o consumidor se mostra disposto a não deixar a data passar em branco e isso é uma boa sinalização para o empresário, que precisa estar preparado para atendê-lo", explica a economista do IPF-MS, Daniela Dias.
O movimento seria ainda maior caso não tivesse restrições e pandemia. A movimentação financeira poderia ser 18% maior em relação à projeção inicial e alcançaria o valor de R$227,24 milhões. "Porém, qualquer alteração de cenário que venha a ocorrer pode interferir nas expectativas da população e, consequentemente, em suas decisões de compra", finaliza Daniela Dias.
Os artigos do vestuário estão dentre as preferências dos filhos nas compras de presentes, representando 26% das intenções, seguido pelos perfumes e cosméticos (21%), bolsas e acessórios (16%) e flores/cestas café (11%). Para 64% dos entrevistados as compras serão realizadas em lojas físicas e será levado em consideração, no momento da compra, o desconto no pagamento à vista (36%), o atendimento (18%), a opção de parcelamento (14%) e a biossegurança (9%).
Os maiores gastos médios com presentes ocorrerão em Três Lagoas (R$178,45) e Ponta Porã (R$172,00), e no que diz respeito aos gastos médios com comemorações, haverá destaque para Bonito (R$195,54) e Dourados (R$156,69). Os maiores crescimentos da movimentação financeira serão em Bonito e Três Lagoas, e dentre os principais motivos para aqueles que não irão presentear estão o falecimento da mãe e questões financeiras.
A pesquisa foi realizada nos municípios de Campo Grande, Dourados, Corumbá/Ladário, Bonito, Coxim, Três Lagoas e Ponta Porã. Foram ouvidas 1.696 pessoas entre os dias 30 de março e 15 de abril, considerando um nível de confiança de 95% e margem de erro que varia entre 5% e 6%.
Pesquisa dos campo-grandenses
A população campo-grandense já começou a pesquisa. Mesmo diante das dificuldades, a ideia é dar, ao menos, uma lembrança para as mamães.
O jornalista Ruaan Silva, 24 anos, ficou um período desempregado e, justamente por isso, estava pensando em não presentear a mãe neste ano.
“Esse ano vou fazer o possível para comprar alguma coisa, mas o presente, caso tenha, dessa vez será bem simples devido à minha situação financeira”, explicou.
Essa é a situação da estudante Ana Carolina, 17 anos, que está para iniciar o aviso prévio no atual emprego.
Ela costuma dividir o presente com a irmã, que neste ano está grávida. Além disso, com a pandemia, as duas vão buscar um presente que seja a cara da mãe e acessível ao bolso.
“É difícil dar um presente para mãe, tem que ser algo que ela goste, eu e minha irmã já começamos a pesquisar, achamos bastante coisa interessante já e com um preço bem legal, lojas de bairro estão sendo opção”, garante.
"Além disso, o importante não é só o presente, sim, a presença, o carinho, o mimo é só para agradar ainda mais", finaliza.