A Operação Cornucópia II, da Polícia Federal, encerrou os trabalhos externos cumprindo sete mandados de busca e apreensão, recolhimento de seis carros e dinheiro de contas bancárias de envolvidos na chamada Máfia dos Consignados, em Corumbá. 101 servidores que atuavam como laranjas foram indiciados.
Conforme o Diário Corumbaense, dois carros foram apreendidos em Campo Grande e quatro em Corumbá. Também houve sequestro de contas bancárias para análise e, caso comprovado, o dinheiro desviado da prefeitura será devolvido aos cofres públicos.
No total foram sete mandados de busca e apreensão, sendo um em Campo Grande e seis em Corumbá. Neste caso, foram nove as pessoas alvo dos mandados. Os 101 servidores envolvidos no esquema foram indiciados por peculato e associação criminosa.
Esquema
Entre os anos de 2008 e 2013, os líderes da quadrilha cooptaram servidores públicos para o esquema fraudulento, que consistia em dar aumento na folha salarial dos trabalhadores, para que estes pudessem pedir empréstimos consignados.
Quando o empréstimo era aprovado, diz a PF, o dinheiro era sacado nos bancos e repassado para as lideranças do bando. Quem ficava com o prejuízo era o cofre público, já que o desconto na folha incidia sobre o aumento salarial indevido. Além disso, eram os cofres públicos que arcaram com as despesas de juros e taxas bancárias dessa movimentação financeira.
Ainda segundo a investigação, os crimes começaram a ser descobertos quando alguns servidores começaram a ter prejuízos assim que houve a mudança de gestão e os aumentos indevidos foram cortados. Assim, o servidor envolvido teve de pagar o empréstimo do próprio bolso. Dois dos envolvidos fizeram colaboração premiada.