O desembargador Marcelo Câmara Rasslan, do Tribunal de Justiça de Mato Grosso do Sul, pediu que a citação de seu nome em um documento apreendido no âmbito da Operação Omertà, do Gaeco, seja apurado pelo Conselho Nacional de Justiça e pelo Superior Tribunal de Justiça.
O documento que cita o nome de Rasslan foi achado no quarto do empresário Jamil Name, 80 anos, preso na operação que investiga um grupo de extermínio na Capital. O papel indica uma suposta venda de sentença para que o senador Nelsinho Trad (PSD), tivesse seus bens desbloqueados pela Justiça.
''Esta entidade defende a ampla apuração dos fatos, assim como repudia qualquer julgamento antecipado sem o devido processo legal e contraditório, inerentes ao Estado Democrático de Direito. Por fim, traz os esclarecimentos apresentados pelo magistrado'', traz trecho da nota divulgada pelo magistrado na noite desta sexta-feira (4).
Ainda segundo a nota assinada por Rasslan, as investigações da Operação Omertà e a do documento que indica suposto crime correrão separadas uma da outra, sem interferências ou prejuízo a qualquer uma delas.
Rasslan destacou que já enviou ofícios pedindo abertura de procedimento sobre a questão, tanto à presidência do TJ, para a Corregedoria-Geral de Justiça de MS, quanto à Presidência do Superior Tribunal de Justiça e à Corregedoria-Nacional de Justiça do CNJ.
''Nos ofícios que encaminhei para abertura de procedimentos apuratórios, acima referidos, ainda que desconhecesse detalhes sobre os escritos, abri mão de todos os sigilos que a lei confere à cidadania, em relação à minha pessoa (sigilos bancário, fiscal, telefônico, midiático, telemático, etc) e até mesmo de qualquer sigilo procedimental'', finalizou o desembargador.