Mato Grosso do Sul planeja iniciar a chamada 3° dose em idosos a partir desta sexta-feira (27), se tudo estiver no combinado. Para isso acontecer, um novo carregamento contendo novas doses de vacinas deve desembarcar nesta quinta-feira (26) e parte delas seriam destinadas ao início da aplicação.
A dose de reforço é um consenso no estado e a iniciativa é para melhorar a reação dos idosos diante do coronavírus e suas variantes, inclusive a Delta.
O secretário de Saúde, Geraldo Resende indagou nesta quarta-feira (25), em live de apresentação do boletim epidemiológico, que estudos científicos apontam que a partir do sexto mês após o ciclo de vacinação completo, o grau de imunidade dos idosos tendem a cair conforme a idade da pessoa, ou seja, quanto mais idade, menor a imunidade para enfrentar a covid.
Resende apontou que o estado está muito avançado em sua vacinação e além dos municípios, terem completado as primeiras doses no público acima dos 18 anos, a imunização nos adolescentes tem respondido à altura e têm garantido imunidade prévia em um grande quantitativo neles.
"Nós queremos já nessa nova leva de vacinas que chegarão no dia de amanhã, a gente começar a imunização [nos idosos]. Quinta-feira, aniversário da nossa capital e até para dar um presente todos os campo-grandenses nesse dia tão importante", disse.
O secretário explicou que as doses de reforço serão aplicadas em idosos acima de 60 anos e profissionais de saúde, mas como o carregamento não será suficiente para todos, a tentativa é dividir corretamente o número de doses.
Por isso, a tendência é que a vacinação começa em idosos acima dos 80 anos que tenham completado o seu ciclo vacinal há seis meses, ou seja, 31 de março deste ano.
Segundo o ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, a intenção é imunizar preferencialmente os idosos com doses da Pfizer, mas não descarta que essa dose seja aplica também com os imunizantes da Janssen ou da AstraZeneca.
Cosems apoia
O Cosems-MS (Conselho de Secretarias Municipais de Saúde) apontou que é favorável para a imunização de reforço nos idosos e para isso, explicou ser necessário que essas doses fossem aplicadas quanto antes, necessariamente se fosse em agosto.
Segundo o Ministério da Saúde, a variante Delta já soma 21,5% das amostras sequenciadas no Brasil, sendo a segunda mais prevalente.
“Nós havíamos encaminhado ao ministério uma solicitação para aplicar a 3ª dose, ela trará uma maior segurança para a população e para os profissionais de saúde. Já que as altas taxas de transmissão estão diretamente relacionadas ao surgimento de novas variantes. Quanto mais o vírus se multiplica, mais variantes surgem. A terceira dose visa reduzir ainda mais a sobrecarga potencial com uma onda Delta que certamente virá nos próximos meses (ou semanas)”, disse o presidente do Cosems-MS, Rogério Leite.