Forças policiais registraram 911 situações de resistência a abordagem à polícia, de janeiro a outubro deste ano, em Mato Grosso do Sul. Essa conduta, além de crime, pode terminar em tragédia, já que um policial pode atirar em caso de risco à vida dele.
De acordo com a Secretaria de Justiça e Segurança Pública, de janeiro a outubro de 2019, foram 975 casos de resistência, sendo 6,5% a mais se comparado com 2020.
O TopMídiaNews noticia com frequência casos de resistência e luta corporal entre suspeito e policial. Um dos casos mais recentes foi no Santa Luzia, em 3 de outubro, quando um homem desrespeitou as ordens de um PM. Ao ouvir que seria preso, ele avançou e deu socos e chutes em um militar, que ficou ferido.
Resistência em abordagem terminou com tiros em Paraíso das Águas. (Reprodução BNC Notícias)
Caso semelhante foi registrado no Nova Lima, em 26 de outubro. Ao checar denúncia de perturbação de sossego, um homem de 20 anos, que estava em um grupo de cerca de 40 pessoas, gritou: “Lá vem os comédias, demorou seus filhos da pu***’’. Ao ser abordado, ele se aproximou e tentou socar um dos PMs e teve de ser contido.
Outra ocorrência, dessa vez mais grave, foi noticiada em 1º de julho, em Paraíso das Águas. Suspeito de cometer furto, um homem, que seria morador de rua, avançou contra a equipe da PM com uma enxada na mão. Houve tentativa de diálogo, mas diante do surto do criminoso, foi preciso disparar vários tiros e ainda acionar reforço para contê-lo.
Em grande parte das situações, o suspeito está embriagado e, em outras, afirma ser conhecido ou parente de alguma autoridade, como secretário de segurança e até governador para justificar o desacato.
A resistência é crime previsto no artigo 329 e é considerado de menor potencial ofensivo. O que pode agravar a situação é quando há também o crime de desacato e lesão corporal.