A Defensoria Pública de Mato Grosso do Sul ajudou a protagonizar uma das histórias mais bonitas e que vai ficar marcada para sempre na vida do professor Manoel Jorge da Silva, de 56 anos e do estudante João Pedro Romão, de 19.
Manoel foi o responsável por adotar João Pedro e agora, com o passar de muitos anos, ambos conseguiram registrar oficialmente essa filiação após pedirem ajuda à Defensoria Pública.
“Estou muito feliz por conseguir arrumar a certidão de nascimento do meu filho, amparar ele e meu neto legalmente. Meu sonho é vê-los formados e com tudo encaminhado na vida, dentro das possibilidades. Eles dois e minha mãe são a minha vida!”, emociona-se Silva. Diretor da Escola Estadual José Bonifácio e mestrando em Lexicologia, é possível afirmar que o professor já tem um título de mestre, mas em outra área: na paternidade!
O atendimento inicial ao pai e ao filho, foi realizado no município de Porto Murtinho, por Jamili Ariani Veiga de Mico Mosena, assessora jurídica na Defensoria Pública de Família e Sucessões.
“As partes são maiores, capazes e estavam de acordo. Sendo assim, foram orientadas sobre o procedimento bem como sobre a documentação necessária”, relembra a servidora, que os encaminhou ao reconhecimento de paternidade socioafetiva. Sobre a adoção, Silva acredita que é “um dos atos mais nobres que um ser humano pode fazer”.
Nos próximos três meses, João Pedro passará a se chamar João Pedro Romão Jorge e terá o nome do pai na certidão de nascimento e, depois, na carteira de identidade. “Fico muito feliz de ter o sobrenome dele na minha certidão. Foi ele que me criou, desde pequeno. Ele me ajuda até hoje e ajuda meu filho”, comenta o jovem. Pretende, assim que possível, retificar a certidão de nascimento do seu filho, Héctor Mathias Peralta Romão, 3, para que o nome do avô paterno conste no documento da criança e, assim, o garoto passe a se chamar Héctor Mathias Peralta Jorge.
O atendimento da Defensoria Pública Estadual à família ocorreu por meio da Van dos Direitos, em Porto Murtinho, no evento realizado em parceria com a Justiça Federal. Nessa oportunidade, o diretor escolar relata que foi bem atendido. “É um trabalho espetacular! Eventos desta natureza têm que acontecer com mais frequência em nosso município e em outros”, descreve.