"Estamos a todo momento vulnerável ao vírus", a reclamação é do presidente da ACS/PMBM-MS (Associação e Centro Social dos Policiais Militares e Bombeiros Militares de Mato Grosso do Sul), cabo da Polícia Militar, Mário Sérgio Couto.
Pelo menos 321 servidores atuantes estão afastados de suas funções por contraírem a covid-19. O número preocupa a associação, já que o 'desfalque' implica diretamente em outras questões, como as escalas, chamada de serviço e o sistema começa a ficar sobrecarregado.
"Infelizmente o nosso pessoal, tanto da polícia militar quanto do corpo de bombeiros, estão atuando na linha de frente, assim quanto aos profissionais da saúde. Estamos em contato com a população diariamente".
Couto lamentou que a vacina tenha chegado tardiamente para os profissionais de segurança e de resgate, principalmente por conta da quantidade pessoas atingidas nas guarnições.
Segundo números levantados pelo TopMídiaNews, já foram 766 casos confirmados do coronavírus e 6 óbitos registrados de policiais militares da ativa, além dos 321 servidores afastados. Do lado do Corpo de Bombeiros, foram 147 casos e dois óbitos.
A Sejusp (Secretaria de Estado de Justiça e Segurança Pública) informou a reportagem que foram seis policiais mortos. Porém, desde o início da pandemia, a ACS já emitiu 17 notas de pesar por militares mortos pela doença.
"A vacina era o único antídoto que poderia nos proteger", disse. "E chegou tarde", completou.
O presidente da associação ainda explicou que por causa do contato direto com pessoas, os servidores deveriam ter entrado na primeira leva de vacinação contra a covid-19. "Não tem outro remédio que nos livraria a não ser a vacina".
Agora, com a chegada da vacina, Mário Sérgio ressalta que a primeira dose do imunizante já foi concluída, mas clama pela segunda dose até a próxima semana.