Um grupo de aproximadamente 60 pessoas se encontrou, na tarde deste sábado (12), na Praça do Rádio Clube, em um protesto para cobrar Justiça no caso do menino Kauan Andrade Soares dos Santos, 9 anos, que está desaparecido desde o dia 25 de junho. A polícia acredita que a criança esteja morta e, o principal suspeito do crime, Deivid de Almeida Lopes, 38 anos, já está preso.
Com faixas, cartazes e carro de som, os manifestantes chegaram a bloquear por alguns minutos a Avenida Afonso Pena, fazendo com que os carros passassem pelo canteiro da avenida para fugirem do congestionamento. Além dos gritos de 'justiça', o grupo também entregou no local panfletos pedindo o fim da violência contra crianças.
(Muitas crianças, amigos de Kauan, participaram do ato. Foto: Wesley Ortiz)
A mãe de Kauan, Janete dos Santos Andrade, esteve no protesto e pediu mais agilidade da polícia em relação ao caso. "O desaparecimento já vai fazer dois meses e a polícia tem que fazer alguma coisa para ele (Deivid) falar onde está o corpo. Eles alegam que precisam esperar o assassino falar alguma coisa. Eu quero muito que o corpo do meu filho seja encontrado", disse, mesmo ainda tendo esperanças de encontrar a criança com vida.
Ismaile Ferreira Vasquez, 29 anos, padrasto de Kauan, também defende que a polícia dedique-se mais ao caso. "Gostaria que tivesse mais agilidade. Tenho a impressão que falta interesse da polícia. Minha esposa vive angustiada todos os dias", lamentou.
(Mãe e padrasto de Kauan pedem agilidade da polícia. Foto: Wesley Ortiz)
Segundo Gabriel Guilhem, 19 anos, organizador do evento, a manifestação tem como objetivo chamar atenção das autoridades para as famílias que moram em regiões carentes da cidade. "Queremos realizar vários outros protestos para chamar atenção do poder público, para que realizem projetos em bairros carentes para quem as crianças não fiquem nas ruas", ressaltou.
Prisão do suspeito
Deivid de Almeida Lopes, 38 anos, que é o principal suspeito do crime, está preso. Ele nega que tenha mantido relações sexuais e matado a criança, porém uma testemunha, também menor de idade, relatou à polícia que Deivid estuprou a criança até a morte. Depois, o corpo teria sido colocado em um saco e jogado no Córrego Anhanduí, na Capital.