Casos de pessoas mordidas por carrapatos durante a prática de atividades físicas no Parque das Nações indígenas, em Campo Grande, são frequentes. A informação é da pesquisadora da Fiocruz em Mato Grosso do Sul, Alexsandra Favacho. A boa notícia é que, apesar de os casos não serem tão raros assim, não há registros de febre maculosa, doença causada por estes parasitas, que pode levar à morte.
De acordo com a pesquisadora, também é comum que as pessoas mordidas pelos carrapatos desenvolvam um processo alérgico após esses episódios. “Eles [carrapatos] parasitam as capivaras do parque e vários grupos que fazem atividades de lazer por lá já passaram por essa situação”.
A orientação, segundo ela, é usar roupas de cor clara, para facilitar a visualização dos carrapatos e, em caso de encontrá-los fixados ao corpo, retirar o mais rápido possível. Recomenda-se também o uso de roupas de mangas longas, botas e calça comprida com a parte inferior por dentro das meias. Caso a pessoa apresente febre alta após o contato com os parasitas é fundamental que o médico seja informado.
O CASO
Na última quinta-feira (20), três amigas estavam correndo no Parque das Nações Indígenas quando foram mordidas por carrapatos. Elas só perceberam no outro dia, após desenvolverem uma crise alérgica.
A Fiocruz alerta que os carrapatos “não devem ser retirados da pele com os dedos e nem queimados com a ponta de um palito de fósforo. Isto pode causar a liberação de saliva do carrapato contendo a bactéria. O certo é removê-los com uma pinça, torcendo-os antes de puxar”.
Os carrapatos são os maiores transmissores de doenças no mundo ficando atrás apenas dos mosquitos.