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há 2 anos

Auditores fazem 'operação tartaruga' e declaração do imposto de renda deve atrasar

Servidores cobram do Governo Federal melhorias para a categoria

A mobilização de auditores fiscais da Receita Federal em busca de melhorias, deve provocar atrasos no envio da declaração do Imposto de Renda da Pessoa Física 2022. Uma das ações é fazer uma ‘’Operação tartagura’’ para pressionar o Governo Federal. 

Outra forma de pressionar o governo, diz a categoria, ocorreu na semana passada, quando os servidores decidiram pela não homologação dos programas gerações de declaração (PGD), o que na prática impede o envio das informações do contribuinte para o órgão.

Alerta

O presidente do Sindifisco Nacional em MS, Anderson Novaes, alerta que esse atraso pode provocar um efeito em cascata, refletindo também na arrecadação de estados e municípios.

Conforme a divulgação, houve 463 mil declarações de Imposto de Renda em MS. A previsão é que o número seja parecido em 2022. Nos últimos dois anos, o prazo para entrega foi estendido, em razão da pandemia da covid-19. 

Ainda de acordo com Novaes, as medidas mais duras tomadas pelos auditores-fiscais ocorre em razão da inércia do governo federal diante das reivindicações da classe. Uma delas é o corte de 52% do orçamento do órgão, situação que inviabiliza o trabalho na Receita, inclusive prejudica o Imposto de Renda.  

“Também estão na pauta a necessidade urgente de concurso público para as vagas em aberto em todo o país, e que não ocorre desde 2014. Exigimos um bônus de produtividade que foi acordado com a categoria em 2016, mas não foi cumprido”, detalhou Anderson. 

Operação Tartaruga

Ações definidas em assembleia na semana passada estão sendo postas em prática nesta semana. Entre elas, incluir as quintas-feiras entre os “dias de apagão”. Agora, as terças, quartas e quintas, os auditores não acessam mais os sistemas e computadores da Receita.

Além disso, os auditores prosseguem com a operação padrão em todas as unidades alfandegárias. Em Mato Grosso do Sul a ação ocorre nas aduanas de Ponta Porã, Corumbá e Mundo Novo. Em Ponta Porã, por exemplo, pelo menos 80 caminhões aguardam na fila a liberação alfandegária, que está demorando mais de 24 horas.
 

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