Embora os brasileiros sejam conhecidos como um povo pacífico, ao longo do tempo nota-se mudança neste aspecto após uma série de episódios violentos em escolas, como os ocorridos em Realengo, Rio de Janeiro, e mais recentemente na Escola Raul Brasil, em Suzano, interior de São Paulo.
Preocupado com a segurança dos alunos, o Colégio Adventista, localizado no Jardim dos Estados, resolveu buscar uma parceria com um Bombeiro da Reserva, o Coronel Sidnei Ribeiro da Cruz, para montar um Plano de Emergência, bem como para treinar e realizar a evacuação de todo o público fixo e flutuante da Escola.
Em outubro do ano passado, o Colégio Adventista registrou um caso de violência onde um estudante de 9 anos entrou armado na instituição. A pistola disparou e atingiu a coxa do garoto dentro da sala de aula, sendo que ele foi socorrido pelo Corpo de Bombeiros e levado para um hospital particular da Capital. A arma seria do pai, um agente de segurança.
O Plano de Emergência
O Coronel decidiu que, para implantar o Plano de Emergência, seriam necessárias 4 fases para garantir que ninguém sairia ferido em razão do pânico e do despreparo.
O primeiro encontro de instrução e evacuação ocorreu no dia 17 de março, domingo de manhã, por volta das 9h30, envolvendo professores, porteiros, zeladores e todo o pessoal da administração. Após as instruções, todos foram evacuados ao som do alarme geral, sem nenhum contratempo. Todos saíram dentro do esperado sem lesão.
O segundo evento ocorreu na última quinta-feira (21), por volta das 19h30, novamente com o mesmo público do primeiro treinamento, só que desta vez já com mais realismo, som de tiroteio, baixa luminosidade, e som de explosões.
Da mesma forma que o primeiro, tudo saiu dentro do planejado e como todos já sabiam o que fazer, foi decidido que o próximo treinamento ocorrerá nesta sexta-feira (29), às 07h30 e às 14h30, já com a presença dos alunos.
Esta última fase será dividida em duas da seguinte forma:
a) Pré-evacuação: no dia anterior, tendo como alvo apenas duas salas, uma dos alunos pequenos e outra dos maiores; isto irá permitir ao instrutor Cel. Ribeiro sondar o nível de estresse dos alunos para fazer os ajustes para o último dia.
b) Evacuação: envolvendo todos os alunos, funcionários, professores, administrativos etc.
c) Por fim, será entregue um plano ao qual a escola se comprometerá a preenchê-lo e segui-lo visando elevar ainda mais o grau de segurança e preparo do estabelecimento frente às ameaças reais ou potenciais.