A Polícia Federal detalhou a Operação Pavo Real, que prendeu familiares do traficante Jarvis Pavão, preso na Penitenciária Federal em Brasília, nesta quinta-feira (27). O objetivo da investida foi sufocar as finanças da organização criminosa.
Segundo a PF, a Pavo Real mirou organizações que cometem crimes violentos e tem relações com o tráfico de drogas. Além disso, visou as lideranças e a descapitalização patrimonial.
‘’Tanto que não apreendemos um grama sequer de droga. O objetivo é outro’’, disse o coordenador da investigação, que insiste que é preciso derrubar o pilar de sustentação das quadrilhas, que é o núcleo financeiro.
‘’Houve um sequestro patrimonial na ordem de R$ 50 milhões dessa quadrilha’’, disse um dos coordenadores da ação. Entre os bens estão imóveis e aproximadamente 24 carros de luxo.
Ainda segundo a polícia, os familiares de Pavão, sendo esposa, mãe, o padrasto, filhos, genros, irmãos e sobrinhos do megatraficante. Todos eles ostentavam riqueza que vinha do crime. Eles mantinham empresas de fachada e outras que existiam, mas serviam ao crime organizado.
‘’Não adianta prender e isolar as lideranças, se os familiares continuam comandando o esquema aqui fora’’, refletiu o coordenador.
A PF classificou a ação como ‘’contundente’’ e destacou que vai promover mais investidas, sempre mirando o núcleo financeiro da organização.
Mortes
Jarvis Pavão é conhecido como o Rei da Fronteira e responsável pelo envido das drogas, produzidas no Peru, Colômbia e Bolívia, para dentro do Brasil.
À Pavão são atribuídas execuções de inimigos e dissidentes. Uma das vítimas dele foi Jorge Rafaat, executado em Pedro Juan Caballero, em 2016, numa ação cinematográfica.