Mãe de uma gestante de risco, internada na Maternidade Cândido Mariano, em Campo Grande, teme pela vida da filha e do neto, já que a instituição não aceitou fazer a cirurgia e assim evitar maiores complicações.
Conforme o relato, a filha está com 36 semanas de gestação e deu entrada na sexta-feira (1º), à tarde. Esta é a terceira gravidez da paciente, sendo que as duas outras também foram de risco, garante a mãe dela.
Ainda segundo a denúncia da mãe, o líquido amniótico da gestante ‘’seca’’ e não há dilatação.
Um médico, segue a mulher, teria percebido um início de dilatação e teria autorizado a cirurgia. No entanto, era final de plantão dele e na troca de médicos, o outro profissional não autorizou o procedimento.
‘’Tem que ser cesárea, as outras duas foram também com 36 semanas. Nas outras duas ela teve bolsa rota [complicações’’, conta a mãe. A maternidade teria prometido fazer uma ultrassonografia para esta sexta-feira, mas até o momento não foi feito o exame.
‘’Um médico disse que ela não pode entrar em trabalho de parto se não as duas morrem. Mas a gente está aqui esperando e nada de informação’’, lamentou a mulher.
Resposta
A maternidade disse que a paciente é assistida e orientada pelo médico visitador da unidade. Sobre o ultrassom, a instituição diz que o exame está agendado para este sábado, mas que, mesmo com a gestação prematura, não é considerada pela equipe como de alto risco.
Segue na íntegra a resposta da Maternidade Cândido Mariano.
A Maternidade Cândido Mariano informa que a paciente xxxxxxxx segue orientada e assistida diariamente pelo médico visitador e possui uma ultrassonografia agendada para este sábado, 2 de janeiro de 2021, como parte do processo de avaliação do estado de saúde da mãe e do bebê que, mesmo prematuro, não é uma gestação de alto risco. A Maternidade Cândido Mariano também pondera que a comunicação médico-paciente deve acontecer apenas entre a gestante e a equipe do hospital para que não haja interferência na interação clínica e na estratégia de saúde da mulher. Todos os profissionais da
instituição estão abertos para conversar com as gestantes que procuram nossos serviços e, juntos, decidirem o que melhor pode ser feito para a mãe e o bebê, com base no Protocolo das Diretrizes Nacionais de Assistência ao Parto Normal, do Ministério da Saúde. Caso a paciente entenda necessidade, também pode relatar todo o ocorrido, ou suas impressões, para nossa ouvidoria, pelo e-mail ouvidoria@maternidadecandidomariano.org.br ou por mensagem no (67) 99840-7131.