O deputado ‘Tio Trutis’, que foi detido em flagrante hoje (12), por posse ilegal de arma de fogo, durante operação ‘Tracker’, da Polícia Federal, pode entrar na lista dos ‘políticos arruinados’ de Mato Grosso do Sul.

A PF deu cumprimento a mandados de busca e apreensão em investigação sobre o suposto atentado ao parlamentar, no dia 16 de fevereiro deste ano. O caso dele segue em segredo de justiça. No entanto, se houver comprovação de que o atentado foi fake, Trutis deve entrar na lista do já falecido Ari Artuzi.  

Em 2008, Ari Artuzi, que era deputado estadual pelo PDT, alegou ter sofrido um atentado a tiros em Dourados. À época, ele disse que estava com um assessor e com o ex-vereador Jorge Dauzacker, quando o carro foi baleado. Ninguém ficou ferido e dias depois o delegado da Polícia Civil da cidade desmentiu o fato. 

O delegado Sandro Márcio Pereira, do 1º Distrito Policial, descartou a possibilidade de atentado contra o deputado depois de emissão de laudo técnico. Na ocasião, Sandro disse que o carro estava parado quando foi alvejado e assim permaneceu.

O laudo foi assinado pelos peritos criminais Valmor Garcia e José Geraldo Pinheiro. Artuzi respondeu por falsa comunicação de crime, mas foi absolvido. Em 2011, morreu de câncer. 

Caso Trutis

Trutis emitiu nota em 16 de fevereiro de 2020 na página do Facebook e disse que ele e sua equipe sofreram suposto atentado enquanto estavam a caminho de Sidrolândia. Ele afirmou que o carro em que estavam foi alvejado por, pelo menos, cinco tiros. 

O parlamentar afirmou que conseguiu revidar o ataque e que os tiros não acertaram ninguém e não houve feridos. Na Tribuna da Câmara Federal, ele reafirmou que foram nove tiros acertados no veículo.