O arraial “MS Acolhe” será realizado no dia 15 de julho para arrecadas fundos para acolher famílias refugiadas da Venezuela aqui em Campo Grande. O evento é realizado por voluntários que do projeto no Águila Burguer, a partir das 18 horas.
Os ingressos custam R$ 20 e oferece show com Los Hermanos da Fraternidade, que é um grupo formado por venezuelanos que residem na Capital. O valor inclui comidas típicas de festas julinas, além de arepa, prato tradicional da Venezuela. Bebidas e doces são à parte.
De acordo com a voluntária do projeto, Elaine Oshiro, o dinheiro do “Arraiá MS Acolhe” será utilizado para comprar passagens, viabilizar moradias e as respectivas despesas, alimentação, até que as famílias refugiadas consigam se estruturar na Capital e se manter por conta própria.
“É um evento para ajudar pessoas que, assim como nós, tinham carro, tinham casa, tinham emprego, tinham tudo, mas acabaram perdendo tudo por conta de dificuldades no governo, na política, e foram obrigados a saírem de suas terras pra vir pra cá na esperança de ter uma vida melhor. O mínimo que podemos fazer é dividir um pouco do que temos com essas pessoas que estão precisando”, diz Elaine.
As famílias venezuelanas afirmam que entraram no Brasil por Roraima. “Estive em Boa Vista na semana passada e a situação lá é muito crítica e muito urgente”, conta a voluntária.
Segundo Elaine, a Fraternidade Sem Fronteira montou um centro de acolhimento na cidade, onde abriga 250 pessoas. “No total, já têm 20 abrigos, mas isso não é suficiente, pois a cada dia chegam mais e mais pessoas. A situação na Venezuela é muito crítica, então, pensamos que uma forma de ajudar é trazendo uma ou mais famílias de Boa Vista para cá, pois o Estado lá não tem condições de atender tanta gente, e aqui poderíamos dar uma condição de vida melhor e cuidar dessas famílias. Resolvemos fazer este primeiro evento para arrecadar dinheiro para trazer um grupo de venezuelanos para cá”, explica Elaine.
MS Acolhe
O grupo “MS Acolhe” é o resultado da união de voluntários de Mato Grosso do Sul que trabalham em prol do projeto “Brasil, um coração que acolhe”, da Organização humanitária Fraternidade Sem Fronteiras, que oferece apoio aos refugiados venezuelanos no Brasil.
“Tive a ideia de montar o grupo quando comecei a participar da Fraternidade e vi que é uma entidade muito séria, que aplica de forma efetiva os recursos dos padrinhos”, diz Oshiro.