Área de mata, na rua Júlio Ditmann, no Silva Regina, é palco de um fenômeno inusitado: fogo subterrâneo, que se alastra e até agora os moradores não conseguem explicação.
Quem faz o relato é Cida Mota, 50 anos, que mora há 30 anos na região. No início, a moradora pensava que eram pessoas que jogavam fogo no terreno. Como a fumaça não sumia, decidiu se aproximar e percebe que as chamas vêm debaixo da terra.
‘’É um círculo grande [cerca de 8x8m]. A brasa vem da terra’’, revela Mota. Ela diz que, desde que o fenômeno ressurgiu, há cerca de dois meses, já consumiu quatro árvores grandes.
‘’É muito triste. Tem cotia, tem quati, arara que ficam ali’’, lamentou Cida. A contribuinte diz que o Corpo de Bombeiros chegou a despejar água no local, por meio de um caminhão-pipa, mas as chamas não se apagaram.
A moradora conta que, por várias vezes, acionou autoridades relacionadas ao meio ambiente, mas até o momento ainda não tem respostas e não sabe como solucionar o caso. Entre outros problemas, há fumaça no local e a sujeira da fuligem.
‘’Depois de cair um monte de árvore é que vão tomar providência?
É um absurdo a gente ver isso’’, desabafou Cida.
Perigo
Cida acrescenta detalhes e lembra que o ‘’incêndio misterioso’’ começou em um determinado ponto da mata e já ‘’andou’’ cerca de 150 metros.
A moradora reforça que o bairro é muito perto do Aeroporto Internacional de Campo Grande, além de uma grande engarrafadora de gás de cozinha e um reservatório da Petrobras.
‘’O pessoal parece que não está nem aí’’, criticou a moradora.
Tentamos contato com um biólogo, que ficou de analisar as imagens, mas não respondeu.