O surgimento da variante Ômicron fez os vereadores de Campo Grande voltarem a entrar no assunto do Passaporte da Vacina, muito discutido anteriormente, mas que não avançou na Câmara Municipal neste mês.
Desta vez, a preocupação está justamente na possibilidade da nova cepa da covid-19 poder pousar em solo brasileiro. Nesta terça-feira (30), o Instituto Adolfo Lutz confirmou dois resultados da variante em dois brasileiros que vieram da África do Sul.
Segundo a Secretaria de Estado de Saúde de São Paulo, os dois casos confirmados são de um homem, de 41 anos, e uma mulher, de 37 anos. Os dois apresentavam sintomas leves na ocasião.
Um dos que propuseram o debate novamente foi Ayrton Araújo (PT) e disse estar temeroso com a nova variante, uma vez que o arquivamento do projeto, idealizado por ele e pela vereadora Camila Jara (PT), foi derrotado e as pessoas que não se vacinaram e se recusam a se vacinar podem frequentar os mesmos ambientes que os vacinados.
Na visão do parlamentar, caso não tenha um rigoroso controle, as festas de fim de ano não poderão acontecer. O carnaval de rua, por exemplo, foi cancelado em Campo Grande pelo prefeito Marquinhos Trad.
Ainda assim, Ayrton destacou que "o prejuízo será maior ainda com o fechamento do comércio, o aumento do desemprego e da fome das famílias mais pobres que vão continuar se humilhando na fila dos ossos para levar o alimento para casa".
Demais vereadores apoiaram a discussão, como o professor André Luiz (REDE) e Otávio Trad (PSD). Marcos Tabosa (PDT) pediu desculpas após votar contra o projeto e cometer o equívoco, mas Dr. Loester (MDB) permaneceu contrário a ideia do passaporte e defendeu o livre trânsito dos negacionistas em espaços públicos e privados.