Um motorista de aplicativo que testemunhou o atropelamento e morte do ciclista Vinícius dos Santos, 15 anos, na tarde deste domingo (13), no Jardim Colibri, em Campo Grande, deu versão diferente do homem que dirigia a caminhonete. Ele garante que o motorista da F-1000 fingiu que não viu o acidente e iria embora do local. 

''Eu fui lá e busquei ele. Ele não queria voltar, não'', revelou a testemunha. Ele contou que vinha logo atrás da caminhonete, na rua Catiguá, e viu quando um de dois homens que vinham em uma bicicleta caiu debaixo da roda do veículo e morreu. O garupa da bicicleta nada sofreu, diz o motorista de aplicativo. 

Já o motorista da F-1000 contou que não percebeu que atropelou e matou a vítima. Ele disse que foi avisado do acidente cerca de 50 metros depois e voltou para ajudar. Ele estava em estado de choque.

Vinícius Santos morreu na hora. (Foto: Thiago de Souza)

O sobrinho do motorista da F-1000  foi até o local do acidente e se irritou com a versão do condutor de aplicativo. Ele chamou a testemunha para discutir e ficou prestes a agredir o profissional. O delegado Lucas Caires, da Depac Piratininga, teve de intervir e ameaçou prender o parente do condutor da caminhonete. 

Segundo Caires, o motorista da F-1000 passou pelo teste do bafômetro, que deu positivo. Ele foi preso em flagrante e levado à delegacia. Ele deve responder por homicídio culposo na direção de veículo automotor e embriaguez ao volante. 

Acidente

Vinícius seguia com uma outra pessoa na garupa de uma bicicleta preta na rua Catiguá, sentido avenida Guaicurus, quando foi atropelado pelo veículo. Ele morreu antes da chegada do socorro. Na hora do acidente chovia muito e a pista estava alagada na altura da ponte que corta a via. O garupa da bicicleta nada sofreu, mas não ficou no local do acidente.