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Campo Grande

13/12/2017 07:00

Terreno da previdência de servidores vira casa de prostituição em Campo Grande

Terreno faz parte da lista de 230 imóveis de posse do extinto Previsul

Uma casa de prostituição foi construída em um terreno que pertence ao antigo Previsul (Instituto de Previdência Social de Mato Grosso do Sul), do Governo do Estado de Mato Grosso do Sul. O deputado estadual Pedro Kemp (PT) apresentou levantamento mais de 230 imóveis que seriam do plano, denunciando a existência de um prostíbulo erguido em um dos terrenos.

O terreno enorme encontrado na Avenida Guaicurus com a Rua da Divisão, em frente ao Museu José Antônio Pereira, não tem nenhuma identificação de que é propriedade do Previsul ou do Governo do Estado, tem suas laterais cercadas por cercas, com a parte frontal aberta.

No local, foi erguida de forma irregular a construção chamada “Bar das Primas”, que funcionou como ponto de exploração sexual. Atualmente o local está abandonado e a entrada foi lacrada com tijolos, mas ainda é utilizado de forma clandestina para práticas sexuais. No terreno foram encontradas camisinhas usadas jogadas.  Na parede da Zona desativada está escrito o recado sobre a mudança de endereço.

Pedro Kemp realizou o levantamento para mostrar que existem terrenos ociosos e com mal uso, sem nenhuma fiscalização pro parte do poder Público, que poderiam ser leiloados e vendidos como forma de recompor os valores que compõe o fundo de previdência dos servidores. “Recebemos denúncia de que um dos terrenos do previsul foi erguido um bataclan. São inúmeros imóveis espalhados no Estado. Tem também imóveis a beira do rio. Para que ter uma fazenda na beira do rio?”, questionou o parlamentar.

O parlamentar defende a venda desses terrenos para que o Governo possa ressarcir os R$ 400 milhões que O poder Executivo vai utilizar para pagar o décimo terceiro salário dos aposentados e pensionistas do Estado. “Estou entregando essa lista dos imóveis para que a base entregue ao Governo do Estado para ver se o governador Reinaldo Azambuja venda tudo isso e recomponha o fundo previdenciário, o qual vai pegar mais de R$ 400 milhões, da poupança do servidor. Todos os governos foram irresponsáveis na gestão previdenciária e agora querem que o servidor pague a conta, sendo que já recolheram por anos”, completou.

A reforma da previdência sancionada pelo governo do Estado coloca os imóveis como garantia caso o poder Executivo utilize os recursos depositados no fundo de previdência do Estado. 

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