A tarologia ainda é vista com certo preconceito e, por isso, algumas pessoas ainda sentem receio de procurar ajuda, conselhos e até orientações para a tomada de decisão que pode escrever um novo capítulo na sua história na chamada folha branca da vida.
O bruxo Pedro Victor da Silva Neto, ministro africanista do AfroConesul, e sua companheira, Adriana Alencar Oliveira Victor, consulesa africanista e umas das sete rainhas do Cruzeiro, descrevem que as pessoas procuram o jogo do baralho cigano, mas ainda sentem vergonha.
"A busca pelo jogo, pelo místico, é uma coisa opcional, a pessoa procura porque ela tem uma dúvida. O preconceito há em todo lugar. A gente tem que impor o respeito, respeito ao seu semelhante, ao seu segmento religioso", destaca o ministro.
Desde 2012 na federação, o tarólogo explica que o jogo se encaixa como uma prestação de serviço e que tudo começa com a escrita do nome da pessoa, os números das letras, acompanhada da data de nascimento e a hora em que veio ao mundo.
"Pelo nome você carrega uma negatividade muito grande e o que a gente faz? A gente acrescenta ou diminui", explica Pedro.
Mas para que eu procuraria um jogo de cartas? Pois, bem! A ideia do baralho cigano, assim como no tarô, é dar orientações ou até dizer o que pode acontecer no amanhã, como exemplifica Pedro em uma das suas falas sobre o jogo.
"O baralho cigano fala o hoje para você, ele identifica figuras, pessoas e seu dia a dia. No tarô cigano, ele vai falar uma coisa mais a frente, o que pode acontecer amanhã, daqui a um mês ou meses, porém, cada arcano tem um significado".
E quem acha que o jogo pode fazer previsões para o mundo, como "quando acaba a pandemia", pode ir tirando seu cavalinho da chuva.
A procura pelo jogo vem de pessoas que estão com dúvidas para uma tomada de decisão, como, por exemplo, abertura de comércio, uma decisão na vida pessoal ou em até outras situações do dia a dia.
"Se você vê nas cartas algo errado que vai acontecer, você não vai dar aquele passo. Você vai dar um passo diferente. O jogo te ajuda a pensar, tomar a decisão, mudar um destino em que você está errado", pontua. "O ser humano culpa tudo e todos, mas nunca culpa a si mesmo, os próprios erros", acrescenta.