Desde outubro do ano passado, subiu para 15 o número de mães que procuraram a Depca (Delegacia Especializada de Proteção à Criança e ao Adolescente) para denunciarem abusos que os filhos sofreram por parte de um professor de Inglês da rede municipal de uma escola da região da Vila Carvalho em Campo Grande.
A primeira denúncia foi realizada no dia 28 de outubro quando a mãe procurou a polícia para denunciar o que o filho contou. Segundo relato, o professor além de presentear constantemente o aluno, sempre próximo ao final da aula, chamava a criança até sua mesa a fim de atrasá-la em suas atividades e ficava conversando. No dia, o menino contou para a mãe que o autor tocava seu corpo.
O segundo caso foi registrado no dia 11 de novembro quando a segunda mãe ficou sabendo através da primeira sobre os abusos do filho da comunicante e decidiu questionar o próprio filho que também contou ter sido abusado.
Durante a escuta especializada, o menor relatou que o professor de inglês pegava na frente e atrás em seu corpo (pênis e bumbum) e em sua barriga e que isso acontecia todas as quintas-feiras, dia da aula de Inglês.
O professor também fez com que ele sentasse em seu colo, mas isso aconteceu apenas uma vez e que também viu quando o professor pegou no seu amigo do primeiro registro e que também teria feito o mesmo com uma terceira vítima.
Na época, segundo o relato de uma das mães ao TopMídiaNews, mais duas mães já estavam em contato com a delegacia para relatar sobre os abusos dos filhos.
Hoje a mesma mãe detalhou a reportagem que o número de casos subiu para 15. "Depois dos primeiros casos, as mães foram questionando seus filhos e foram descobrindo mais e mais abusos, hoje comigo já somos 15 mães que procuraram a polícia para denunciar o professor", diz.
Ainda segundo relato desta mãe, todos as vítimas são meninos de aproximadamente 9 anos. Os 15 alunos são de duas turmas da mesma escola municipal.
"Recebemos informação que ele está com prisão a cumprir. Já foram ouvidas todas as mães, mas ele está foragido", continua.
Na época a Semed (Secretaria Municipal de Educação) informou, por meio de nota oficial, que "após ter conhecimento do caso, afastou o professor em questão da Rede Municipal de Ensino" e que todas as medidas foram tomadas: "Cumpre esclarecer que o caso já é de conhecimento da escola e da Semed e todas as medidas foram tomadas para o atendimento socioemocional e psicológico dos alunos e das famílias."
A Secretaria indica também que "a unidade escolar e a Semed estão dando o suporte necessário para garantir o bem-estar dos alunos e seus familiares", e que "a Semed não tolera qualquer tipo de violência dentro e fora do ambiente escolar".